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Meio Ambiente
Sábado - 18 de Setembro de 2010 às 09:31
Por: Isa Souza

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O fogo foi controlado, mas o monitoramento por satélite ainda aponta focos de incêndio no Parque
O fogo foi controlado, mas o monitoramento por satélite ainda aponta focos de incêndio no Parque

Após quase 15 dias do início do incêndio que começou na região próxima à Comunidade São Jerônimo, no denominado Circuito das Cachoeiras, e se alastrou pelo Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, o fogo foi, enfim, controlado.

Ainda sem dados oficiais, estima-se que ao menos 15 mil hectares do Parque tenham sido atingidos, o que representaria uma perda de quase 50%, já que a área total da unidade é de 33 mil hectares.

De acordo com o analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Sandro Benavides, o fogo teria sido controlado ainda no último sábado (11), mas o Parque continua passando por monitoramento.

Apesar do controle na unidade de conservação, o analista informou que nas proximidades do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) e do Vale da Benção, ambos localizados fora do Parque, ainda há focos de incêndio.

No total, trabalharam no controle do fogo 35 brigadistas, que já atuam no Parque, além de nove brigadistas emprestados da Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia, e três da Estação Ecológica Iquê-Juruena, do município de Juína (735 km ao Noroeste de Cuiabá). Um helicóptero do Estado também foi utilizado na operação.

Ações futuras

Segundo o analista ambiental Sandro Benavides, o planejamento anual realizado para os combates das queimadas dentro do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães na época de seca, que vai de julho a outubro, está sendo cumprido. O problema, segundo ele, são as queimadas provocadas no entorno da unidade.

"Quase 100% do fogo combatido nesta época do ano vem de fora do Parque. O que poderíamos fazer foi feito. Campanhas, informações aos turistas e aceros. Mas, neste ano, foi absurdamente maior que o ano passado o número de focos", disse.

Além disso, o tempo seco, o vento forte, as altas temperaturas e umidade relativa do ar em níveis recordes foram fatores essenciais para que 2010 apresentasse focos de incêndio maiores que 2009.

De acordo com relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os focos de queimadas em Mato Grosso, acumulado de 1º de janeiro até hoje, já somam 21.067, número superior a 2009, que na mesma época apresentou 5.192 focos.






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