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Politica MT
Sábado - 18 de Setembro de 2010 às 07:43
Por: Ana Rosa Fagundes

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A compra de votos é pratica recorrente em Mato Grosso. A Justiça Eleitoral determinou eleições suplementares em sete cidades do Estado porque os prefeitos eleitos em 2008 foram cassados por compra de votos ou abuso de poder econômico. Para juiz eleitoral José Arimatéa Neves, se a Justiça Eleitoral “tivesse o poder divino da onipresença, em 100% das eleições seriam constatadas compras de voto”.

Arimatéa é juiz da 36ª Zona Eleitoral, responsável pela eleição suplementar de Santo Antônio de Leverger, que aconteceu no dia 5 de setembro. O prefeito eleito em 2008 foi cassado por compra de votos.

Apesar disso, a população ainda não sabe quem será o novo prefeito. Por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a diplomação está suspensa até que a situação judicial do candidato eleito Harrison Ribeiro (PSDB) seja resolvida.

Ele foi eleito com maioria dos votos, mas teve o registro de candidatura barrado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A defesa dele tenta mudar essa decisão no TSE. José Arimatéa acredita que esse recurso será logo julgado, pois a corte superior está dando celeridade nos casos de eleições suplementares. Até lá, é o próprio Harrison que continua no comando da prefeitura da cidade, porém como prefeito interino, por ser vereador e presidente da Câmara Municipal. Ele está no cargo há um ano e seis meses, desde que Faustino Dias (DEM) foi cassado.

Na semana posterior à eleição, Arimatéa declarou a segunda colocada, Glorinha Garcia (PP), a vencedora, e ela seria diplomada neste domingo. Porém, com o recurso que a defesa de Harrison ganhou no TSE, a diplomação está suspensa.

O juiz considera que essa situação infelizmente ainda é consequência do processo tumultuado de 2008. Porém, afirma que essa “mania horrível e antidemocrática” de compra de votos não é exclusividade de Santo Antônio. “Infelizmente, a Justiça não pode estar em todos os lugares como Deus para coibir esse crime”, disse o juiz.






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