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Quarta - 15 de Setembro de 2010 às 19:38
Por: Romilson Dourado

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O surgimento nesta quarta de fortes rumores de que a Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público, deve deflagrar uma nova operação em Mato Grosso a qualquer momento, envolvendo agentes públicos e autoridades dos Poderes, como do Legislativo, Executivo e do próprio Judiciário, estão deixando muitas pessoas apreensivas, principalmente por causa do período de reta final da campanha eleitoral. Restam 18 dias para o pleito, que definirá no Estado ocupantes de 24 cadeiras de deputado estadual, 8 de federal e 2 de senadores, além de governador e da presidência da República. Segundo informações, a operação estaria vinculado a irregularidades cometidas nas áreas de educação, segurança e saúde.

As especulações aumentam por causa da chegada de agentes federais para hospedagem em hotéis da Capital. Os mandados de busca e apreensão e de prisão são cumpridos geralmente pela manhã, a partir das 5h30. O Código Eleitoral veda prisão ou detenção de candidato, a não ser em caso de flagrante delito. Mesmo com salvo-conduto, alguns concorrentes a cargos eletivos se mostram tensos, afinal, investigações que apuram denúncias de irregularidades e corrupção no poder público costumam demorar meses para ser concluídos e acabam revelando, na lista de possíveis incriminados, nomes até então inimigináveis perante à sociedade, mesmo que depois venham a ser considerados inocentes.

Uma operação federal nesta época em que os ânimos dos candidatos estão tensos, principalmente junto aqueles que disputam cargos majoritários, poder trazer prejuízos políticos sem precedentes. São capazes de provocar reviravolta eleitoral. O ex-procurador da República Pedro Taques, por exemplo, ganharia mais projeção com sua candidatura a senador se, às vésperas das eleições, vier ocorrer prisão de políticos. É que o pedetista faz uma campanha dura de combate à corrupção. Por tabela, beneficiaria o seu aliado da coligação, empresário Mauro Mendes, candidato a governador pelo PSB.

Por outro lado, corre-se o risco de expor viés político com essas ações, a exemplo do que ocorreu com a Jurupari, deflagrada em maio deste ano e que resultou na prisão de 100 pessoas acusadas de envolvimento em crimes ambientais, seja sobre desmatamento ilegal, seja em corrupção na instituição do Estado, responsável pela gestão da política ambiental e florestal. Entre os que ficaram presos por uma semana estavam Janete Riva, mulher do então presidente da Assembleia José Riva, o o ex-secretário de Estado de Meio Ambiente Luís Henrique Daldegan, Ubiratan Spinelli, ex-conselheiro do TCE, o  filho dele, Rodrigo Spinelli, Afrânio Migliari, ex-secretário adjunto da Sema; e o ex-prefeito de Tabaropã Paulo Rogério Riva, irmão do ex-deputado Riva.

O deputado federal Pedro Henry resolveu, então, liderar um movimento e acusou de fazer complô contra a classe política o juiz federal Julier Sebastião da Silva, o procurador da República Mário Lúcio Avelar e o ex-procurador e agora candidato a senador Pedro Taques. Denunciou o trio no CNJ e no CNMP e passou a atacar as autoridades como parciais e que estariam usando as instituições para prejudicar políticos.





Fonte: RD News

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