Repórter News - www.reporternews.com.br
Politica MT
Quarta - 15 de Setembro de 2010 às 07:59
Por: Jean Campos

    Imprimir


Os supostos favorecimentos no Tribunal de Justiça de Mato Grosso colocaram sob investigação 70 magistrados que teriam recebido créditos irregulares entre os anos de 2003 e 2005. De acordo com o procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra, a definição de quais medidas poderão ser adotadas pelo Ministério Público Estadual vai depender do resultado da análise dos documentos que serão encaminhados à instituição pelo Conselho Nacional de Justiça.

A denúncia desencadeou um racha entre dois grupos de desembargadores no Tribunal de Justiça.

O caso foi desmembrado em duas frentes de investigação que correm em segredo de Justiça na promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa.

O primeiro inquérito é conduzido pelo promotor Célio Fúrio e trata de outros sete magistrados aposentados pelo CNJ, que conseguiram uma liminar que os reconduziu aos cargos – o desembargador Mariano Travassos e os juízes Antônio Horácio da Silva Neto, Graciema Ribeiro Caravellas, Irênio Lima Fernandes, Juanita Clait Duarte, Marcos Aurélio dos Reis Ferreira e Maria Cristina Oliveira Simões.

A segunda investigação está nas mãos do promotor Clóvis de Almeida Júnior, que apura se os valores pagos a 60 magistrados foram concedidos legalmente. Se forem confirmadas as irregularidades, o MP irá propor ação civil pública, a exemplo daquela que pede providências contra José Ferreira Leite, José Tadeu Cury e Marcelo Souza Barros.

Segundo o procurador-geral de justiça, as atribuições do Ministério Público não se confundem com as do Conselho Nacional de Justiça, já que o Ministério Público analisa a configuração ou não de ato de improbidade administrativa, enquanto o Conselho Nacional de Justiça avalia o aspecto disciplinar. Ferra esclareceu ainda que "o fato de o CNJ ter aplicado a penalidade de aposentadoria compulsória em relação a dez magistrados não significa que necessariamente todos tenham cometido ato de improbidade".






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/115487/visualizar/