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Policia MT
Sexta - 10 de Setembro de 2010 às 08:11
Por: Alecy Alves

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Dois recenseadores do IBGE em Mato Grosso que trabalham no Censo 2010 foram assaltados em Várzea Grande. Um dos assaltos aconteceu no último dia 2, no bairro Manga, um dos focos de uso e tráfico de drogas da cidade, e provocou a suspensão temporária da pesquisa.

Luis Carlos da Silva Paula relatou que estava retornando para o posto do IBGE, que funciona dentro do Cisc Parque do Lago, a principal unidade de segurança pública da região, quando dois rapazes o abordaram próximo ao ponto de ônibus, um deles, armado com um revólver.

Além do aparelho de celular de uso pessoal, os ladrões levaram o PDA, computador de mão no qual estavam dados das pesquisas feitas durante três dias naquela região.

Menos de uma hora depois do roubo, Silva decidiu ligar para seu próprio celular e um dos ladrões o atendeu. Eles exigiram R$ 500 para devolver o telefone e o computador, chegando a marcar horário para a devolução.

O coordenador da subárea do Censo 2010 em Várzea Grande, Pedro Spoladore Ferreira Reis, disse que o recenseador pediu ajuda aos policiais do Cisc para tentar prender os ladrões no encontro que supostamente teria com os assaltantes.

Entretanto, disse Reis, Silva não obteve o apoio esperado. Os policiais que o atenderam no Cisc argumentaram que não teriam condições de executar naquele dia um esquema que pudesse prender os assaltantes em flagrante delito.

Conforme Reis, por causa desse assalto a pesquisa foi suspensa no bairro Manga. Ele também não sabe como e quando os trabalhos recomeçam no local.

Reis disse que haverá necessidade de montar um esquema especial de segurança para os recenseadores. Talvez manter um carro com policial ou outros recenseadores dando cobertura ao entrevistador que, pelo tipo de atividade, precisa visitar casas, comércios e percorrer o bairro a pé.

O outro assalto aconteceu no bairro Monte Castelo, onde uma recenseadora teve o celular roubado quando percorria a comunidade. Nesse caso a própria pesquisadora, apoiada pelo pai, retornou ao local do roubo e conseguiu recuperar o aparelho.

O delegado coordenador do Cisc Parque do Lago, Roberto Ohara, disse que não sabia do roubou até ser procurado pelo Diário. Ele também não soube explicar por que os policiais não acompanharam o recenseador no encontro que poderia levar à prisão dos ladrões.

Ohara disse que levantou informações sobre a ocorrência e foi informado de que os policiais sugeriam que a vítima retornasse no dia seguinte para que pudessem tentar prender os criminosos, o que não aconteceu.

Ohana ainda informou que a responsabilidade de investigar furtos e roubos é da delegacia especializada nessas modalidades de crime, o Cisc faz apenas o boletim de ocorrência.

Ocorrências semelhantes foram registradas em Várzea Grande ainda na fase inicial do levantamento pelos coordenadores do Censo, conforme divulgado no primeiro semestre do ano. A diretoria do órgão já havia procurado autoridades da Segurança para se resguardar quanto aos crimes.






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