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Sexta - 10 de Setembro de 2010 às 07:16
Por: Ana Rosa Fagundes

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Presidente da Câmara, Deucimar Silva (PP), reafirma que tem cópias de supostas gravações contra vereadores
Presidente da Câmara, Deucimar Silva (PP), reafirma que tem cópias de supostas gravações contra vereadores

Mesmo passada a eleição, a escolha da nova mesa diretora da Câmara Municipal de Cuiabá continua rendendo polêmica. Toda a sessão plenária de ontem foi marcada pela discussão sobre a eleição e os supostos vídeos em que vereadores aparecem recebendo suborno para votar em Júlio Pinheiro (PTB), eleito na semana passada.

O vereador Antônio Fernandes (PSDB) e mais nove colegas assinaram um requerimento pedindo que o atual presidente, Deucimar Silva (PP), entregue o CD contendo as imagens que, segundo ele, mostram vereadores recendo dinheiro em troca de apoio a Pinheiro. Como o presidente já encaminhou ao Ministério Público Estadual (MPE), Deucimar falou que os vereadores interessados devem requerer ao Ministério Público.

Para Antônio Fernandes (PSDB), Deucimar deve comprovar tudo o que disse em plenário sob o risco de ter cometido quebra de decoro parlamentar. Além disso, o tucano afirma que se o presidente não entregar cópia desses supostos vídeos em 15 dias vais entrar com um mandado de segurança. “Se não provar o que disse, vai ser caracterizado quebra de decoro parlamentar”.

Deucimar, porém, ainda revelou que tem informações sobre a existência de mais cinco vídeos comprometedores. “Se esses vídeos chegaram em minha mão eu vou entregar tudo ao Ministério Público”, ameaçou Deucimar.

Clóvis Hugueney (PTB), Clovito, ficou muito irritado com a declaração do presidente. “Se o senhor não tem esses vídeos, não deveria ficar falando de coisas que não sabe”, reclamou o petebista.

Outro ponto questionado pelos vereadores que fazem oposição ao presidente é a autoria da carta em que o esquema de compra de votos é denunciado. O DVD foi entregue no protocolo da Câmara junto com uma carta assinada por Maria Ivone Drummond. Júlio Pinheiro afirmou que tentou localizar essa mulher, mas até agora “não viu nem fumaça”. “Se ela existe deve vir aqui e contar tudo o que viu, pois é uma testemunha ocular das acusações”, disse Pinheiro.

Para ele, o que se tem na Câmara é uma “indústria da arapongagem”, onde os legisladores não podem mais ter uma conversa informal com medo de estarem sendo gravados.

Deucimar rebateu afirmando que não é preciso chamar essa mulher até a Câmara, pois as imagens já são suficientemente fortes e voltou a dizer que os vereadores devem procurar o Ministério Público, pois o trabalho dele já está feito.

Depois de clima tenso e acusações em plenário, a sessão foi suspensa para os parlamentares se reunirem reservadamente. A discussão foi longa, pois não retornaram mais para o plenário e nem votaram os três projetos de lei em pauta.

Espantosamente, depois de toda a confusão, Júlio Pinheiro e Everton Pop (PP) afirmaram que a reunião interna teve o objetivo de buscar harmonia e clima de paz a Casa.






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