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Cidades/Geral
Quarta - 08 de Setembro de 2010 às 10:34

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A seca está complicando a vida dos agricultores do assentamento Antônio Conselheiro, em Tangará da Serra (distante 242 quilômetros de Cuiabá). Falta água nas propriedades tanto para as famílias como para os animais.

Um dos animais do agricultor Idelci Ferreira morreu enquanto tentava tomar água no que restou da lagoa. "Você trabalha quase um mês para comprar uma vaca, daí chega uma época desta e você vê seu animal morto e você sem condições de nada", diz.

Esta é uma das poucas propriedades que ainda tem água. Na época das chuvas, toda a área verde vira uma grande represa. Em quatro meses de estiagem, sobrou pouca água para matar a sede dos animais e para a sobrevivência de algumas famílias da região.

O agricultor Egídio Coelho retira água da lagoa para sua criação de porcos. Segundo ele, o caminhão-pipa não passa com regularidade e muitas vezes ele precisa beber desta água. Para amenizar a situação, foi construído um poço, mas ele também está sem água. O pasto já secou, assim como a lagoa da propriedade. As três vacas leiteiras foram retiradas do local. "Estavam morrendo, daí eu levei para outro canto para não morrer aqui", conta.

No último mês os assentados sofreram com as queimadas. Foram quatro grandes incêndios que destruíram pastagens inteiras, plantações e casas. As chamas mataram também alguns animais.

Para diminuir os efeitos da seca, o município está enchendo a caixa d’água uma vez por semana. Água que vai direito para a casa do agricultor Leonildo dos Santos e é usada para beber e também para a criação de frangos. "O gado já não está tendo condições mais. Se cair não levanta mais", acredita ele.

Ao todo são 100 cabeças. Para evitar que o gado sofra ainda mais, o leite não está sendo tirado. O produtor agora fica de olho no céu, a espera de uma mudança no tempo.






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