Para Antero, assinatura de Abicalil colocou projeto do aborto novamente em pauta no Congresso
O candidato ao Senado pela Coligação Senador Jonas Pinheiro, Antero Paes de Barros (PSDB) concedeu entrevista à Rádio CBN de Cuiabá e ao Jornal do Meio Dia, transmitido pela Rede Record, nesta segunda-feira (6). Questionado pelo cientista político Alfredo da Motta Menezes sobre sua posição em relação ao aborto, Antero reafirmou ser radicalmente contra a prática.
“Sou a favor da vida. Votei contra a pena de morte e sou contra o aborto. O aborto é um crime contra uma pessoa que sequer tem condições de se defender. Não acredito que alguém possa defender uma prática como essa e ficar em paz com sua consciência”, respondeu o candidato.
Antero criticou ainda a postura do candidato ao Senado pelo PT, Carlos Abicalil, que assinou recurso pelo não arquivamento do projeto 1.135/1991, que trata da liberação do aborto. O recurso, proposto por José Genoíno (PT), foi assinado por Abicalil em 13 de agosto de 2008.
Em 8 de setembro do mesmo ano, o petista solicitou a retirada do seu nome, mas o pedido foi negado por seu colega de partido Arlindo Chinaglia. Hoje, respaldada pela assinatura de Abicalil, a proposta está pronta para votação em Plenário.
Antero ressaltou que a votação sobre a legalização do aborto foi realizada em uma comissão, que já havia se posicionado contra a prática. Sendo assim, sem a assinatura do então deputado federal Carlos Abicalil, o processo já teria sido arquivado.
“Se o Abicalil não tivesse recorrido, junto com José Genuíno e outros deputados federais do PT, a aprovação do aborto não estaria mais na pauta do Congresso Nacional. Se ele não fosse a favor, teria votado para que o assunto continuasse em discussão e tivesse a chance de ser aprovado? Esse é um discurso completamente incoerente”, avaliou Antero.
Antero criticou ainda o argumento de que a legalização do aborto seria para proteger a vida das mulheres, que, muitas vezes, acabam morrendo ao procurar clínicas clandestinas para fazer aborto. “Eu não concordo com isso. Temos que educar as mulheres oferecendo informações sobre educação sexual e métodos contraceptivos, para que elas não precisem recorrer ao aborto”, defendeu.
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