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Meio Ambiente
Terça - 31 de Agosto de 2010 às 19:49

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Os incêndios que atingem o país estão concentrados no bioma Cerrado. É o que apontam os dados divulgados nesta terça-feira pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Mais de 67% do total de focos localizados estão em áreas privadas e acontecem porque fazendeiros e índios usam o fogo como manejo e perdem o controle das queimadas provocadas. De acordo com o levantamento, 13% dos focos estão em áreas indígenas, 8% em assentamentos da reforma agrária e 7% em unidades de conservação.

O Ibama e o Instituto Chico Mendes fizeram também um levantamento das ações do governo no combate ao fogo. Foram consumidos R$ 30 milhões nas operações, que envolvem mais de cinco mil homens, oito aviões, sete helicópteros e pelo menos 90 viaturas, trabalhando em todos os turnos e em todas as 109 áreas críticas.

Foi anunciada ainda a liberação de mais R$ 20 milhões para dar continuidade às operações, que devem se estender até meados de setembro, quando as chuvas voltam à região. A ministra informou que uma parte significativa de toda a estrutura montada pelo PrevFogo, do Ibama, e coordenada pelo Pronafogo, que envolve vários órgãos federais e estaduais, é gasta para apagar incêndios em propriedades privadas no entorno de unidades de conservação. Sem essa medida, o fogo avançaria sobre os parques e reservas ambientais comprometendo a biodiversidade protegida, esclarece.

Satélites registram focos

Os quase 260 mil focos de calor registrados pelos satélites utilizados pelo Inpe para o monitoramento não correspondem ao número de incêndios, que podem ser bem menor. Segundo Izabella, esse não é o ano onde ocorreu a maior quantidade de queimadas. Em 2007 esse número foi maior, chegando a quase 38 mil contra os 12,5 mil registrados até agora. O levantamento final sobre a situação real só sairá em novembro. "Existem várias outras fontes de calor, e mesmo uma específica pode aparecer mais de uma vez no levantamento. Há limitações que são da tecnologia usada para monitorar", explicou Izabella.

Os números envolvidos no combate ao fogo impressionam, mas, segundo a ministra, ainda são poucos para dar conta do número de queimadas que ocorrem em todo o País. "Há vinte anos não havia qualquer estrutura, hoje já temos equipes nos parques, brigadistas e uma estrutura de combate aos incêndios", diz. No total, o Ibama emprega 1 mil e 300 brigadistas e o ICMBio 1 mil e 600, além dos 200 servidores das unidades de conservação.





Fonte: TVCA

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