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Nacional
Quinta - 26 de Agosto de 2010 às 17:02

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A delegada Maria Aparecida Mallet --que atuava na Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) na época em que Eliza Samudiu registrou ocorrência contra o goleiro Bruno Fernandes-- foi a primeira testemunha a ser ouvida na audiência no fórum de Jacarepaguá (zona oeste do Rio). Ela afirmou que Eliza disse em depoimento que Bruno a obrigou a tomar substâncias abortivas para tirar o filho que seria dos dois.

A audiência sobre os crimes de sequestro, cárcere privado e lesão corporal contra Eliza Samudio, em outubro de 2009, teve início por volta das 14h30 desta quinta-feira.

Mallet afirmou que seu depoimento hoje, que durou cerca de duas horas, foi tranquilo. "Eliza confirmou na sede policial, durante depoimento, que ela não queria fazer o aborto", disse a delegada.

Após a delegada, teve início o depoimento de Milena Barone Fontana, amiga de Eliza. Ainda serão ouvidos o porteiro do condomínio de Bruno, Leandro Carlos da Conceição Freitas, e mais outros dois funcionários do prédio.

Bruno e o seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, estão presentes na audiência, mas só irão prestar depoimento após o de todas as testemunhas. Antes dos dois entrarem na audiência, eles almoçaram na carceragem três salgados de presunto e queijo --cada um-- e salgadinhos, além de refrigerante.

O advogado de Bruno, Ércio Quaresma, afirmou que pretende entrar com habeas corpus até amanhã (27) para reverter a decisão da Justiça que indeferiu três testemunhas de defesa do caso --a Eliza e os jogadores Vagner Love e Adriano.

CASO

Por negar a paternidade, segundo a Promotoria de Justiça, Bruno e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, sequestraram e agrediram Eliza. O caso, porém, só foi denunciado após o desaparecimento de ex-namorada do goleiro em junho. Os dois estão presos desde o dia 7 de julho no Complexo Penitenciário de Contagem (MG).

Além do processo no Rio, Bruno e Macarrão foram denunciados pelo suposto assassinato de Eliza em junho passado. Essa ação penal, porém, tramita em Minas Gerais. Macarrão e Bruno negam as acusações.

Ao marcar a data para depoimento de testemunhas, o juiz decidiu que não é "razoável" mandar intimar Eliza para depor como testemunha de defesa do goleiro, como queria Quaresma.

Os advogados de Bruno tinham colocado Eliza, desaparecida desde junho, no topo da lista de testemunhas de defesa que incluem ainda a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, o diretor de Futebol, Zico, o ex-técnico Andrade e os jogadores Adriano e Vagner Love.

Tentar intimar Eliza, segundo o juiz, é apenas uma medida para atrasar o processo. "A intimação representaria violenta afronta ao princípio de razoabilidade", disse ao juiz. "Faculta-se à defesa trazê-la à audiência, caso realmente pretenda ouvi-la", diz o juiz.

Para o juiz, também não cabe intimar Adriano e Love, pois ele estão fora do país, respectivamente, na Itália e Rússia. Com isso, o juiz manteve como testemunhas de defesa de Bruno apenas Zico, Amorim, Andrade e os jogadores Paulo Victor e Christian Tarouco. Macarrão terá como testemunhas o pai de Eliza, Luis Carlos Samúdio, e os jogadores Leo Moura e Rodrigo Alvim, ambos do Flamengo. 






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