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Cidades/Geral
Terça - 24 de Agosto de 2010 às 09:15
Por: Tania Rauber

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O fogo que já destruiu 72 mil hectares de florestas e assentamentos no município de Peixoto de Azevedo (691 km ao Norte de Cuiabá) dura mais de 30 dias. A aldeia indígena Kapoto, localizada a cerca de 200 km da cidade, está isolada há duas semanas.

O administrador da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Colíder, Megaron Txucarramãe, disse que 3 pontes na estrada de acesso à comunidade foram queimadas, impedindo o contato com mais de mil índios. "Pelo que sabemos, eles estão bem. Estamos preocupados com a fumaça".

Recentemente, um incêndio também queimou 4 casas na aldeia. De acordo com Megaron, equipes da Funai estão dando assistência às aldeias para que crianças e pessoas mais velhas não sofram com as doenças respiratórias.

Outras aldeias da região também estão ameaçadas pelo fogo, que avança sem controle pelas áreas de mata e pastagens. "Nós temos 12 aldeias nesta região. O fogo estava chegando na Matutire, perto do rio Xingu, mas pelo que sabemos já foi controlado. Agora esperamos as pontes serem reconstruídas para levarmos mantimentos e remédios".

Os prejuízos já sofridos no município são incalculáveis. Na sexta-feira, o prefeito Sinvaldo Santos Brito decretou situação de emergência e espera recursos dos governos Estadual e Federal para auxiliar as famílias afetadas. O pedido ainda precisa ser avaliado pela Defesa Civil e homologado pelo Governo do Estado.

Destruição - De acordo com o secretário Municipal de Meio Ambiente, Flávio Borges, o fogo destruiu tudo. Pastagens, plantações de banana, abacaxi, mandioca, animais. Restam apenas cinzas e fumaça. Treze casas e 8 pontes também foram queimadas. "Só depois das chuvas que estas famílias poderão recomeçar. Não há o que fazer agora".

Equipes da assistência social também estão visitando todas as famílias afetadas para saber quais as principais necessidades. O Estado montou postos de arrecadação de doações em Cuiabá e no interior do Estado e informou que aguarda o posicionamento da Defesa Civil para enviar donativos às famílias.





Fonte: A Gazeta

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