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Terça - 24 de Agosto de 2010 às 09:12
Por: Raquel Ferreira

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Prefeito de Dom Aquino, Eduardo Zeferino (PR).
Prefeito de Dom Aquino, Eduardo Zeferino (PR).
O prefeito de Dom Aquino (166 km ao sul de Cuiabá), Eduardo Zeferino (PR), será indiciado pelo crime de atentado violento ao pudor cometido contra meninas com idade entre 5 e 11 anos. O acusado prestou esclarecimento ao delegado Fernando Vasco Spinelli e negou as acusações feitas pelas mães das vítimas e confirmadas pelas crianças.

Zeferino se apresentou na sexta-feira (20) para conversar com o delegado e foi ouvido por cerca de 2 horas e 30 minutos. Como tem foro privilegiado, ele não presta depoimento. Conforme o delegado, o indiciamento será feito com base nos relatos das meninas que narraram as investidas sexuais de Zeferino. Como os crimes ocorreram antes da nova lei entrar em vigor, as agressões não serão consideradas estupro de vulnerável. As investigações já encerraram, faltando somente relatar o caso.

Em seguida, o documento será encaminhado ao Ministério Público para que as próximas providências sejam tomadas. As investigações da Polícia Civil tiveram início com o pedido do procurador-geral Marcelo Ferra, que aguarda o resultado das investigações para decidir o que será feito.

O prefeito foi denunciado mês passado na Promotoria da Infância e Juventude de Cuiabá. As mães alegaram que vieram a Capital por sentirem medo de Zeferino, que já havia feito ameaças contra as vítimas e suas famílias. Depois que o caso foi divulgado pela imprensa, novas crianças relataram que também haviam sido molestadas pelo agressor. As crianças violentadas pelo prefeito tinham idade entre 5 e 11 anos.

Conforme as investigações iniciais, os primeiros abusos sexuais cometidos pelo prefeito foram há 6 anos e contra 5 vítimas. Na época, as mães se reuniram e procuraram Zeferino, que estava em campanha eleitoral para prefeito, e cobraram explicações sobre os abusos. Na ocasião, elas foram ameaçadas de morte caso divulgassem os fatos e atrapalhassem a sua candidatura. O agressor perdeu o pleito e foi eleito somente nas últimas eleições.

O caso voltou à tona porque uma mãe ficou preocupada com os problemas desencadeados na filha por conta dos abusos sexuais e decidiu procurar a Promotoria da Infância e Juventude de Cuiabá. A medida encorajou as outras mães.

Como as mulheres voltaram a ser ameaçadas, o primeiro delegado que apurou o caso, Victor Teixeira, instaurou um procedimento para verificar também essas denúncias.

As crianças relataram às psicólogas que o prefeito costumava chamá-las para passear e pedia para que elas tocassem suas partes íntimas e tentava tocar as meninas também. Ele esperava momentos oportunos, quando nenhum adulto estava por perto, para coagir as meninas. 





Fonte: A Gazeta

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