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Quarta - 18 de Agosto de 2010 às 06:45

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O Programa de Análise de Produtos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) analisou amostras de 20 marcas de canetas esferográficas disponíveis no mercado, sendo cinco brasileiras, 13 chinesas, uma japonesa e uma malaia. Como não existe norma técnica específica para medir o desempenho de canetas esferográficas, foi elaborada metodologia para mensurar a quantidade de escrita do produto em metros e comparar a capacidade de escrita com o preço praticado. Os resultados encontrados demonstraram que as canetas fabricadas no Brasil possuem maior capacidade de escrita em comparação ao desempenho de canetas importadas da China e de outros países. O relatório completo sobre a análise do Inmetro segue em documento pdf, em anexo.

A média da capacidade de escrita das canetas nacionais foi de 1.639 metros, enquanto a das chinesas e de outras procedências foi de, respectivamente, 1.164m e 1.112m, ou seja, as canetas de origem nacional escrevem, em média, 500 metros a mais do que as chinesas e as de outros países. Quando comparado o preço em relação à capacidade de escrita, os resultados foram alarmantes. Para escrever dez mil metros, por exemplo, o consumidor brasileiro paga, em média, seis vezes mais pela caneta importada.

“As vantagens das canetas nacionais é que elas têm um custo x benefício significativamente maior do que as canetas importadas”, afirma Alfredo Lobo, diretor da Qualidade do Inmetro. Com os resultados não satisfatórios de algumas marcas de canetas importadas, o diretor informa que vai acionar a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para definir as normas e os requisitos que uma caneta deve ter e estudar um programa de certificação de forma a regularizar o produto.

As diferenças encontradas entre as amostras das canetas nacionais e as das importadas, principalmente da China, são prejudiciais aos consumidores, sobretudo àqueles que adquirem material didático escolar em grande quantidade, como escolas municipais e estaduais. O Inmetro desenvolve, juntamente com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), um Termo de Cooperação voltado para a melhoria das compras públicas. Canetas esferográficas foram um dos cinco itens, entre vários produtos, priorizados pelo Ministério para início do trabalho.

Os resultados apresentados na análise das 20 marcas de canetas esferográficas, realizados pelo Departamento de Tecnologia do Centro de Laboratórios da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Detec/Clab/Fucapi), em Manaus (AM), foram enviados pelo Inmetro para apreciação e avaliação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).






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