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Policia MT
Terça - 17 de Agosto de 2010 às 22:02

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A polícia prendeu nesta segunda-feira (16) cinco pessoas suspeitas de obstruírem as investigações das mortes do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral José Guilherme Villela, da sua mulher e da empregada do casal. Eles foram assassinados a facadas em agosto do ano passado dentro do próprio apartamento, em Brasília. Entre os detidos está a filha do casal, Adriana Villela.

A polícia também prendeu uma ex-empregada, Guiomar Barbosa da Cunha, a vidente Rosa Maria Jaques, o marido dela, João de Oliveira, e o agente de polícia José Augusto Alves, braço direito da primeira delegada que investigou o caso.

De acordo com o TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios), o principal elemento que embasou o pedido de prisão foi uma prova que a polícia alega ter sido "plantada" para incriminar dois suspeitos do assassinato. Trata-se da chave do apartamento dos Villela, que teria sido encontrada com os suspeitos e os ligaria aos assassinatos.

Perícia constatou, no entanto, que a chave era a mesma recolhida pela polícia no apartamento do casal, ou seja, não poderia ter sido levada pelos criminosos após o triplo homicídio. Após a constatação, a delegada Martha Vargas foi afastada do caso.

Agora, a polícia suspeita que os presos agiam de forma coordenada para atrapalhar as investigações.

A Folha procurou a defesa de Adriana, mas o advogado Rodrigo de Alencastro não retornou. A reportagem também não localizou os advogados dos outros presos.

CRIME

Na noite do dia 31 de agosto de 2009, os corpos do ex-ministro, de sua mulher, Maria Villela, e da empregada Francisca da Silva foram encontrados em seu apartamento. Segundo a polícia, os corpos tinham sinais de facadas.

Na época, a polícia disse acreditar que o crime tenha ocorrido no final da tarde de sexta-feira anterior a localização dos corpos. A polícia encontrou junto às vítimas uma faca de 15 centímetros com marcas de sangue, que pode ter sido a arma do crime.

"Todos levaram facadas. Dois corpos estavam entre o corredor de serviço, que dá acesso à cozinha da residência. O outro, da proprietária do imóvel, estava vindo dos quartos em direção ao hall entrada do apartamento", afirmou a delegada na ocasião do crime.

Vargas ainda afirmou que as câmeras de segurança do prédio não armazenaram as imagens que poderiam identificar os responsáveis pela morte do ex-ministro. Segundo ela, as câmeras apenas registram o momento, mas não armazenam.

HISTÓRICO

Villela advogou para o ex-presidente Fernando Collor durante o processo de impeachment, em 1992.

Era formado em direito pela UFMG (Universidade Federal de de Minas Gerais) e foi ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na década de 1980. Ele possuía um escritório de advocacia e atuava junto aos tribunais superiores.

  Polícia Civil do Distrito Federal  
Planta do apartamento do ex-ministro com os locais onde foram encontrados os corpos divulgada pela polícia em 2009
Planta do apartamento de Vilela, com os locais onde foram encontrados os corpos, divulgada pela polícia em 2009
 





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