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Repórter News - www.reporternews.com.br
Nacional
Segunda - 16 de Agosto de 2010 às 21:41

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A existência de dois questionários --um mais simples e outro com todas as questões pesquisadas-- tem gerado confusão em algumas pessoas já entrevistadas pelos recenseadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Por se tratar de uma pesquisa censitária --que visita todos os domicílios do país--, o IBGE aplica o questionário mais amplo, que leva mais tempo para ser respondido, apenas em uma amostra de 11% de domicílios.

Esta amostra é suficiente para representar o total da população, sem que o instituto tenha que fazer todas as perguntas previstas em todos os domicílios, o que aumentaria os custos do levantamento e tomaria mais tempo da população na resposta.

Em cidades com mais de 500 mil habitantes, esta proporção é de 5%, sendo maior em municípios menores.

Questões como religião, deficiência, renda oriunda de aplicações financeiras e grau de escolaridade são pesquisadas apenas no questionário mais amplo.

No questionário básico, neste ano, foram incluídas perguntas sobre a renda de todos os membros do domicílio, cor ou raça das pessoas, brasileiros no exterior e línguas indígenas.

Wasmália Bivar, diretora de pesquisas do IBGE, explica que a renda de todos os membros do domicílio substituiu uma pergunta que estava no questionário básico do Censo 2000, de escolaridade do responsável pelo domicílio, para efeitos de composição da amostra do instituto.

Como a maioria dos levantamentos --não só do IBGE, mas de todos os institutos de pesquisa do país-- trabalham com uma amostra selecionada para representar o total da população, é necessário que se use um critério para fazer a seleção dessas pessoas e minimizar erros em levantamentos estatísticos.

Até o Censo 2000, isto era feito a partir da escolaridade do chefe do domicílio.

Neste ano, o IBGE optou por fazer isso por meio da renda de todos os membros da família, já que a renda e escolaridade apenas do chefe de família não estava sendo mais suficiente para dividir a população em estratos por causa da maior participação da mulher no mercado de trabalho e do fato de mais jovens viverem mais tempo com os pais.

No caso do quesito cor ou raça, Wasmália afirma que foi necessário incluir no questionário aplicado a todos para investigar melhor a questão das línguas indígenas.

Se a pergunta estivesse apenas no questionário com mais perguntas (aplicado em 11% dos domicílios), os técnicos do instituto teriam dificuldade para mapear todas essas línguas, visto que menos de 1% da população hoje se declara indígena.






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