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Domingo - 15 de Agosto de 2010 às 15:56
Por: Patrícia Sanches

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Ralf Leite (PRTB) pode ser reconduzido à Câmara de Cuiabá ainda nesta semana. A defesa do ex-vereador, cassado por quebra de decoro parlamentar, ingressou com uma medida cautelar junto ao Tribunal de Justiça (TJ) solicitando que ele volte para o Legislativo até que as suas apelações sejam julgadas. Conforme a advogada de Ralf, Débora Simone Rocha Faria, na primeira vez em que ela impetrou a liminar o desembargador Juracy Persiani indeferiu sob alegação de que faltavam documentos que comprovassem os prejuízos causados a Ralf, que perdeu o mandato há mais de um ano. “Juntei toda a documentação referente ao caso com mais de 200 páginas, fiz uma emenda judicial e solicitei a reapreciação do pedido, que desta vez foi acolhido”, revela a jurista.

Ainda conforme ela, a tendência é que a Câmara apresente a sua defesa nesta segunda (16) e que a liminar seja analisada pelo desembargador nesta semana. Caso ele defira a liminar, um verdadeiro “troca-troca” deve acontecer no parlamento municipal. Ocorre que Totó César deixaria de ser o titular na vaga de Ralf, abrindo espaço para o colega de partido. Por outro lado, ele vai ter direito à vaga hoje ocupada por Ademir Xavier, segundo suplente, que cobre licença de Néviton Fagundes, hoje secretário de Esporte e Cidadania de Cuiabá. “Acredito que vamos conseguir a liminar porque Ralf está sendo muito prejudicado, principalmente por causa da greve do Judiciário. Já era para as nossas apelações terem sido julgadas e ele estar na Câmara”, reforça a advogada. Hoje os recursos estão na 2ª Vara Especializada da Fazenda, sob Márcio Guedes. “Caso a liminar seja deferida, as apelações devem subir para o TJ e também vão ser julgadas pelo desembargador Juracy”, explica Débora Rocha.

Inconformado com a cassação por quebra de decoro parlamentar em 6 de agosto do ano passado, Ralf Leite já ingressou com vários recursos, mas até agora não obteve êxito. Ele foi eleito em 2008 e, um mês após a posse, se envolveu numa verdadeira confusão. O inferno astral de Ralf começou exatamente em 6 de fevereiro, quando foi flagrado por dois policiais militares em ato sexual com um travesti menor de idade, na região do Posto Zero, em Várzea Grande. Na ocasião, o vereador teria usado da prerrogativa de exercer cargo público para intimidar os PMs, crime que lhe custou o cargo no Legislativo.

O segundo escândalo envolvendo Ralf foi protagonizado pela manicure Maria José Aparecida (33). Ela prestou queixa-crime contra o vereador Domingos Sávio (PMDB), relator do processo contra Ralf, por suposta omissão de socorro e exposição a risco de morte. O episódio ocorreu no Lago de Manso, em Chapada dos Guimarães, em 5 de janeiro deste ano. Ao final das investigações, os indícios demonstravam que Ralf “armou” para Sávio e a queixa foi arquivada. Por fim, dias após o seu julgamento na Câmara de Cuiabá, Ralf foi acusado pela ex-namorada, Cristina Gentil, de tê-la espancado.





Fonte: RD News

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