Em entrevista exclusiva, o delegado Marcelo Torhacs, de Lucas do Rio Verde, confirma detalhes da morte do cobrador.
Caso Ivanir: Polícia prende assassino: cobrador foi executado à tiros antes de ser carbonizado
O delegado Marcelo Torhcas, de Lucas do Rio Verde (MT), confirmou agora à pouco numa entrevista exclusiva ao ExpressoMT, que o cobrador Ivanir dos Santos, de 41 anos, foi mesmo morto à tiros antes de ter o corpo totalmente carbonizado sob a carroceria de uma camionete Toyota Hilux, na madrugada de quarta-feira, 21.
A conclusão veio com o depoimento de Joilton da Cruz Silva, um dos quatro elementos detidos na tarde de ontem (22), 36 horas após o corpo ser encontrado sob a carroceria do utilitário, que também foi incinerado, deixado atravessado sob a ponte do Rio Verde, na estrada que dá acesso a comunidade Morocó, zona rural do município.
Segundo o delegado, tudo começou em uma usina próximo à comunidade Groslândia, onde a vítima estaria com um grupo de pessoas. Em um dado momento em que a Ivanir repousava em um quarto, o executor entrou no cômodo, acendeu a luz e efetuou um disparo com uma espingarda calibre 20.
Segundo Marcelo Torhacs, Ivanir do Santos foi atingido na região do abdômen, agonizou por alguns minutos e morreu. Joilton confessou o crime e continua detido. Apesar disso a Polícia Civil não considera ter esclarecido totalmente o caso, e nas próximas horas espera resolvê-lo por completo”, disse Torhacs.
“Desde o dia 21 estamos trabalhando nesse caso, e conseguimos já fazer a detenção de pelo menos um dos executores do crime”, confirmou Torhacs. Os demais detidos são o gerente da usina, Juiz Sergio Rodrigues (Luizão), que está sendo investigado por ocultação de cadáver; Claudinei, conhecido como Pezão, que também estaria na cena do crime, e Claudio Cezar Rosa (Cabelo), que também teria ajudado a ocultar o corpo.
“O Luizão, mesmo sabendo do homicídio, nada comunicou a polícia. Por isso existe indícios que ele está envolvido”.
Ainda segundo o delegado Marcelo Torhacs, os supostos envolvidos no crime tentaram criar outra cena para esse crime. “A execução aconteceu nessa usina e então para despistar, os envolvidos trouxeram a vitima na própria camionete e chagando na ponte do Rio Verde tentaram jogá-la no rio. Como não conseguiram, atearam fogo no carro com o corpo dentro, no intuito de esconder qualquer vestígio. Mas o crime não foi perfeito”, salientou Torhacs.
A PC investiga ainda se há participação de outras pessoas nesse crime, o motivo pelo qual Ivanir foi morto e se houve outros disparos ou até mesmo tortura. A policia apreendeu, além da espingarda usada no crime, mais duas que estava na casa, um revolver calibre 38 e várias munições.
Comentários