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Meio Ambiente
Sexta - 23 de Julho de 2010 às 14:05

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Um estudo realizado pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) aponta um aumento no desmatamento em áreas indígenas e de conservação em Mato Grosso. Baseado em imagens obtidas no segundo semestre de 2009, o relatório 2010 do Programa de Monitoramento de Áreas Especiais (ProAE), aponta que 683 mil hectares já foram desmatados dentro dos 19 milhões de hectares de áreas especiais do Estado.

Terras Indígenas, com 317,2 mil hectares desmatados, e Unidades de Conservação Estaduais, com 315,3 mil hectares desflorestados, dividem os índices mais graves, sendo o restante atribuído às Unidades Federais (49,7 mil hectares) e às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (1.041 hectares).

Até o ano passado, as Unidades de Conservação Estaduais já tinham perdido 12% de sua cobertura vegetal. Todas as unidades existentes já sofreram algum dano, com exceção da Estação Ecológica (ESEC) Rio Madeirinha, em Colniza. Entretanto, a Área de Proteção Ambiental (APA) Cabeceiras do Rio Cuiabá, localizada no centro-sul do estado, é responsável por grande parte desse total e se destaca negativamente, com mais de 104 mil hectares desmatados.

Nos 13 milhões de hectares de Terras Indígenas (TI), 2,34% foi impactado. As TI Jarudore, no município de Poxoréo, e Maraiwatsede, no leste mato-grossense, encontram-se na situação mais delicada, com 73% e 45% de suas áreas desmatadas, respectivamente. Dentre as sete Unidades de Conservação Federais, a APA Meandros do Rio Araguaia, localizada nos municípios de Cocalinho e Novo Santo Antônio, é responsável por mais de 80% do desmatamento. Com 39,8 mil hectares desflorestados, a APA já perdeu 11% de sua cobertura. Já a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, em Barão de Melgaço, tem 1.014 hectares de sua área desmatados.

Fiscalizações devem aumentar

O relatório foi entregue pelo Sipam a órgãos públicos mato-grossenses. Em reuniões com autoridades federais e estaduais, o gerente regional do Sipam, José Neumar da Silveira, apresentou os dados obtidos através da análise de imagens de satélite, que poderão dar origem a fiscalizações. A intenção do órgão, ligado à Casa Civil da Presidência da República, é prover seus parceiros com informações que facilitem o combate aos crimes ambientais nessas áreas, criadas justamente para resguardar o meio ambiente. "Nesses encontros foi possível identificar que o trabalho em conjunto tem dado resultado. Ações do Ministério Público Federal, autuações feitas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e fiscalizações que resultaram na descoberta de garimpos pela Fundação Nacional do Índio são exemplos disso", revela Neumar.





Fonte: TVCA

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