OAB de MT pede à Ordem no RJ suspender registro de Alcenor Alves

A OAB de Mato Grosso encaminhou à seccional do Rio de Janeiro o processo que pede a suspensão preventiva do registro profissional de Alcenor Alves de Souza, ex-prefeito de Alto Paraguai. Ele foi ouvido na quinta-feira passada pelo Tribunal de Ética e Disciplina da OAB que instaurou procedimento disciplinar para apurar sua participação nas práticas ilícitas, alvo de investigação da operação Asafe.

O TED do Rio de Janeiro deve se posicionar ainda nesta semana sobre a suspensão temporária da carteira da Ordem de Alcenor Alves de Souza.

Também acusados de participação em suposto esquema de venda de sentenças, os advogados Max Weizer Mendonça, Santos Souza Ribeiro, Rodrigo Vieira Komochena, Alessandro Jacarandá e a advogada Célia Cury tiveram os registros suspensos. O julgamento final do processo deve ocorrer em 90 dias.

Os seis advogados punidos prestaram depoimento na PF no dia da deflagração da operação Asafe (18/05), por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Conforme as investigações, todos eles, mesmo que indiretamente, mantiveram contato com Célia Cury ou a dona-de-casa Ivone Reis Siqueira. O ex-prefeito de Alto Paraguai, Alcenor Alves de Souza, é acusado de tentar manter de forma fraudulenta sua esposa na prefeitura do município com a ajuda das lobistas. Alessandro Jacarandá é sócio de Célia Cury e Santos Souza Ribeiro afirmou em seu depoimento ser amigo de Ivone. Rodrigo Vieira Komochena é genro de Célia Cury.

Em seu depoimento, Alcenor Alves afirmou que conhece “de longa data” o juiz afastado, Eduardo Jacob. No entanto, negou que tenha realizado acordo ilícito com o presidente do TRE, desembargador Evandro Stábile, “muito menos deixado de cumprir tal acordo”, conforme é relatado no inquérito.