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Quarta - 21 de Julho de 2010 às 03:50
Por: Jean Campos

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Diane Alves foi reconduzida ao cargo de prefeita por decisão da Justiça de 1ª instância
Diane Alves foi reconduzida ao cargo de prefeita por decisão da Justiça de 1ª instância

O juiz Luiz Fernando Voto Kirche, da 7ª Zona Eleitoral de Diamantino, reconduziu ao cargo Diane Vasconcelos Alves (PR), segunda colocada na eleição municipal de Alto Paraguai, em 2008. De acordo com a assessoria jurídica do magistrado que proferiu a decisão, Diane Alves foi notificada ontem e já estaria apta a responder pelo cargo. A sentença deve ser publicada hoje no Diário Eletrônico da Justiça.

O nome da republicana aparece nas investigações da Operação Asafe, da Polícia Federal, que apura suposta prática de venda de sentenças judiciais em Mato Grosso.

Diane assume o comando da prefeitura no lugar de Adair José Alves Moreira (PMDB). No ano passado, ela havia ficado no cargo entre os meses de julho e setembro. Em 2008, a coligação encabeçada por Diane conseguiu impugnar a candidatura de Adair Moreira. Em outubro do ano passado, o TRE negou recurso de Diane Alves voltando o processo à primeira instância.

O peemedebista, eleito com 1645 votos, foi afastado do cargo por suposta prestação irregular de contas. Ele também ficará inelegível por dois anos e deve recorrer, mais uma vez, da decisão.

O embate entre os postulantes à prefeitura de Alto Paraguai, distante 218 quilômetros de Cuiabá, cria uma situação inusitada sob o ponto de vista partidário. As legendas de Diane (PR) e Adair (PMDB), junto com PP e PT, são os principais partidos de sustentação da candidatura à reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB). Fato que, em tese, motivaria unidade no município. A reportagem não conseguiu contato com nenhum deles.

Em depoimento incluso no inquérito que embasou a Operação Asafe, o prefeito cassado acusa Diane Alves de ter pago R$ 500 mil para se manter no cargo.

Investigações da Polícia Federal, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), apontam indícios da existência de um grupo liderado por Alcenor Alves de Souza – preso durante a operação -, que teria como objetivo tráfico de influência junto a desembargadores visando à manutenção fraudulenta de sua esposa, Diane Vieira Vasconcellos Alves, à frente da prefeitura de Alto Paraguai. Alcenor foi prefeito da cidade durante dois anos.

Para alcançar seu objetivo, segundo a PF, o ex-prefeito foi auxiliado por seu advogado Eduardo Gomes de Souza Filho e um sobrinho que teria lhe apresentado o filho do juiz-membro do TRE, Eduardo Jacob. Ele seria o “principal intermediador da negociata”.

Conforme documentos, a polícia registrou um dos encontros para suposta negociação, segundo consta no processo. Segundo as investigações, o objetivo de Alcenor somente não se concretizou porque ele não chegou a pagar a quantia contratada pelo “serviço”.

Foram presos durante a operação Asafe a esposa do ex-desembargador José Tadeu Cury, a advogada Célia Cury; os advogados Rodrigo Vieira e Alessandro Jacarandá; o ex-prefeito de Alto Paraguai, Alcenor Alves de Souza; o empresário Cláudio Emanuel Camargo e o ex-chefe de gabinete de José Tadeu Cury, Jarbas Nascimento, além de Santos de Souza Ribeiro e Ivone Reis de Siqueira. Eles foram soltos cinco dias após a Operação em razão do vencimento dos mandados de prisão temporária.






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