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Terça - 20 de Julho de 2010 às 09:34
Por: Flávia Borges

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Após protagonizar um dos maiores escândalos de Mato Grosso, que culminou no afastamento dos desembargadores Evandro Stábile e José Luiz Carvalho e dos juízes Eduardo Jacob e Círio Miotto, a segunda colocada nas urnas nas eleições de 2008 em Alto Paraguai, Diane Alves (PR), voltou para o cargo nesta segunda (19). A republicana teria negociado sentenças judiciais por intermédio de seu marido, o ex-prefeito e advogado Alcenor Alves de Souza, para manter o eleito Adair José Alves Moreira (PMDB) afastado do comando do Executivo. Ela já ficou a frente do município entre os meses de julho e setembro do ano passado, período em que Adair permaneceu afastado do cargo.  Conforme o secretário-geral do PR, Emanuel Pinheiro, agora a Justiça está sendo feita no município. "Agora sim acreditamos que existe Justiça, porque, por direito, o cargo é de Diane", afirmou o republicano.

De acordo com denúncias sustentadas no processo, há falhas na prestação de contas de Adair e sua vice, Tânia Regina Siqueira. O peemedebista declarou repasse ao comitê eleitoral de R$ 43,6 mil, quando, na verdade, seriam R$ 44,1 mil. Já a arrecadação declarada pelo partido foi de R$ 40,4 mil. Essa confusão numérica levou à cassação dos dois registros. O peemedebista alega "lapso" e diz que houve algum erro na entrega das notas. Ele garante ainda que o repasse aconteceu de forma legal e que efetuou o registro de diversos veículos no mesmo recibo por indisponibilidade de recibos eleitorais.

Durante a Operação Asafe, desencadeada pela Polícia Federal, Alcenor chegou a ser preso. Interceptações telefônicas da PF revelam que Alcenor, que foi vice-prefeito de Umbelino Campos, o Biliu, era quem determinava as diretrizes da esposa na administração. Alternava seu tempo entre as atribuições na prefeitura, com clientes que ainda conservava no escritório e ainda com lobby junto a assessores e/ou desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral, tudo para manter Diane no cargo. Suas incursões junto ao TRE, segundo consta no processo na Justiça Federal, era para minar todas as tentativas de recursos impetrados pelo então prefeito eleito Adair, que estava com registro cassado.





Fonte: RD News

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