Projetos para melhorias no trânsito respondem por 50% dos investimentos federais
Gastos com obras para a Copa de 2014 já somam R$ 23 bilhões
Os gastos com obras na preparação do Brasil para a realização da Copa de 2014 já somam R$ 23 bilhões, sendo quase a metade destinada a melhorias para o trânsito dentro das 12 cidades-sede, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (19) pelo governo federal.
Serão destinados R$ 12,7 bilhões para 51 projetos de melhorias no trânsito, sendo 60% bancado com recursos federais para as cidades que irão sediar os jogos. São elas: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Outros R$ 4,8 bilhões serão fornecidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) por meio de empréstimos para a reforma dos estádios. O banco estatal também vai disponibilizar mais R$ 1 bilhão para melhoria e ampliação de hotéis.
Os aeroportos, apontados como prioridade pelo governo, receberão R$ 5,5 bilhões na ampliação da capacidade. O dinheiro será usado, por exemplo, para melhorias em torres de controle, pátios, pistas e no sistemas de operação.
- A gente não conseguiu fazer esse pacto. O que aconteceu é que estava previsto para o governo federal investir R$ 400 milhões e acabamos colocando R$ 2 bilhões porque ia sobrar para o Brasil, o nome do Brasil que ia ficar sujo na praça.
O ministro Orlando Silva (Esportes) atribuiu o gasto extra a um "planejamento frágil", que disse, não irá se repetir:
- Havia uma zona cinza, sobre quem fazia o quê, quem pagava o quê e com que cronograma. Antecipando as responsabilidades, acreditamos que os orçamentos serão devidamente cumpridos.
Endividamento
Na cerimônia de assinatura, ocorrida na manhã desta quarta-feira (19) em Brasília, com a presença de 12 representantes das cidades, Lula também assinou uma medida provisória que aumenta o limite de endividamento de sete delas.
Antes, o máximo que podiam tomar emprestado era 100% da receita corrente líquida, limite estipulado por uma outra medida provisória de 2001. Com a nova medida, poderão chegar até o limite de 120%, definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
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