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Quinta - 15 de Agosto de 2013 às 06:55
Por: PRISCILLA VILELA

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O PSD desistiu de compor o bloco independente na Assembleia Legislativa. A decisão foi tomada após o partido ter sido pressionado a assumir uma postura de oposição ao governo Silval Barbosa (PMDB) e entregar os cargos que ocupa no staff. 

A cúpula da legenda se reuniu na noite desta terça-feira (13) para discutir o assunto. O resultado da deliberação já era aguardado pelo presidente da mesa diretora, o deputado estadual Romoaldo Junior (PMDB). O peemedebista vinha defendendo que o “PSD sempre foi da base aliada e assim será até o fim”. 

O “blocão”, que contaria com cerca de 10 deputados, foi articulado logo após o retorno do recesso parlamentar. O anúncio de sua criação foi feito no último dia 7, pelo líder do PSD na Casa, o deputado Walter Rabello (PSD). 

A maioria maciça do grupo era de parlamentares sociais-democratas. Eles afirmavam que haviam decidido atuar em conjunto para cobrar o governo sobre suas ações de uma forma mais dura. 

A desarticulação do bloco, ao que tudo indica, ficou por conta do deputado estadual José Riva (PSD). Secretário-geral da legenda em Mato Grosso, ele defende que o PSD tem força suficiente para cobrar o governador sem precisar formar grupos. 

“Um bloco é sempre de oposição ou de situação. Bloco independente não existe. O PSD é forte o suficiente para fazer cobranças. E, como base aliada, tem o dever de cobrar e apresentar sugestões”, avaliou. 

Riva pontuou ainda que, em 2012, uma outra proposta de união entre deputados surgiu, mas que, desta vez, ela teria sido “confundida” com a adoção de uma postura conta a administração Estadual. 

“Era para dar oportunidade aos deputados de partidos que não possuem grande representatividade na Assembleia participarem de comissões e atuarem juntos, em um bloco parlamentar. De repente, surgem comentários de bloco independente, de oposição”, criticou. 

Além dos deputados do PSD – Riva, Rabello, Airton Português, José Domingos Fraga e Gilmar Fabris -, o grupo contava com os progressistas Ezequiel Fonseca e Antônio Azambuja e o tucano Guilherme Maluf (PSDB). 

PRESSÃO - Esta não é a primeira vez que o PSD cogita adotar uma postura de “independência” ou oposição na Assembleia. No ano passado, o partido chegou a entregar as secretarias que comandava, após não ter tido suas “sugestões” acatadas. Entre elas estava a de enxugamento da máquina pública. Contudo, após conseguir duas novas Pastas – Cultura, comandada pela esposa de Riva, Janete Riva, e Cidades, sob responsabilidade do vice-governador Chico Daltro - resolveu retomar a aliança. 

Com a nova decisão do PSD, tudo volta a ser como antes no Parlamento. A oposição permanecerá formada apenas pelos deputados Ademir Brunetto (PT), Zeca Viana (PDT) e Luciane Bezerra (PSB), que desde o início da Legislatura se posicionaram contra as ações do governo Silval. 





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