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Agronegócios
Terça - 06 de Julho de 2010 às 13:06
Por: Rosana Persona

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O secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), Luis Carlos Alécio, fez a abertura da 3ª Reunião da Câmara Técnica do Trigo (CTT), dizendo que o Estado de Mato Grosso tem potencial para a cultura e a secretaria apóia a iniciativa. Na reunião discutiram a instalação de um laboratório para classificação do trigo, apoio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na elaboração do custo de produção, parceria com os produtores para produção do grão e a redução dos preços da pauta da farinha de trigo.

O coordenador da CTT e pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Hortêncio Paro, relata as ações do Protrigo (Programa de apoio a Cultura do Trigo), informando que na fazenda Três Pinheiros, no município de Lucas do Rio Verde, o produtor rural Hilário Piccini, plantou 240 hectares de trigo irrigado, sendo a primeira área comercial do Estado. As unidades de observação de trigo de sequeiro já foram colhidas e estão fazendo a leitura técnica nas seis unidades demonstrativas de trigo irrigado que está em fase de desenvolvimento vegetativo.

Hortêncio ressalta que neste primeiro semestre do ano, houve um forte veranico com mais de 25 dias, principalmente nos meses de abril e maio, prejudicando a produtividade do trigo de sequeiro e do milho safrinha. “Estaremos tabulando os dados e verificando as perdas. Acredito que com a estiagem haverá redução na produtividade”, esclarece.

Durante a reunião, o professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Carlos Canepelli, fala sobre a instalação do laboratório para classificação do trigo em apoio às ações de pesquisa e para dar suporte ao produtor comercializar a sua produção. O representante do Moinho Mato Grosso, Carlos Garcez, menciona que o moinho está disposto a fornecer sementes e demais insumos para o produtor, uma forma de apoiar o plantio do trigo mediante um contrato de parceria com o produtor.

Segundo Garcez, a intenção é manter contatos com a Conab para garantia do preço mínimo, que hoje está sendo praticado por R$ 37,30 (saco de 60 quilos), para trigo pão e melhorador. Esse preço, conforme Garcez cobram o custo de produção e remuneram o produtor. O representante da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia, José Juarez fala que o moinho Mato Grosso está encontrando dificuldades para sua sustentabilidade no Estado em função dos preços da pauta da farinha de trigo. Dessa forma não permite uma concorrência com outros Estados do Brasil.

Paro explica que 70% do trigo é oriundo de outros Estados e apenas 30% é produzido em Mato Grosso. O mato-grossense consome por mês mais de 10 mil toneladas de farinha de trigo. A reunião aconteceu no dia 02.07, na sala de reuniões da Seder.






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