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Policia MT
Sábado - 03 de Julho de 2010 às 07:33
Por: Renê Dióz

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Sonotícias
Marca de bala deixada no vidro da frente da agência do Banco do Brasil, assaltada ontem em Nova Mutum
Pelo menos seis bandidos fortemente armados aproveitaram a manhã de ontem, a pouco mais de uma hora do jogo do Brasil, para realizar o segundo assalto à agência do Banco do Brasil em Nova Mutum (a 264 km de Cuiabá) em um ano e meio.

A ação foi rápida, violenta e assustou os moradores da cidade com o mesmo método utilizado no assalto anterior: clientes e funcionários serviram de escudo humano na agência e alguns foram pegos como reféns, liberados na fuga. A polícia está no encalço.

Parte da ação criminosa foi filmada por uma rede de televisão e as imagens liberadas na internet. Os bandidos chegaram à agência, que abriu às 7h da manhã, armados com fuzis e espingardas, encapuzados, com roupa camuflada e usando luvas para que não fossem deixadas impressões digitais no local.

Após dominarem clientes e funcionários da agência e tomarem posse de malotes de dinheiro, os bandidos forçaram os homens a retirarem as camisas. Dominados, todos os presentes formaram um escudo humano na área externa da agência e os criminosos, protegidos, passaram a disparar tiros de fuzil para os lados e para cima, gerando pânico.

Uma pessoa chegou a ser atingida, mas o delegado Daniel Valente, da Polícia Civil, afirmou que o ferimento não foi grave e que a vítima estava fora de risco.

Os bandidos também atiraram ao perceberem um cinegrafista filmando a ação na agência, mas só a câmera foi atingida; o cinegrafista sofreu alguns ferimentos leves por conta dos estilhaços, diz a polícia. Estabelecimentos e carros da região também foram atingidos pelas balas, tal como a estrutura da própria agência, que já fora assaltada no ano passado (ver matéria).

Algumas pessoas que formavam o escudo humano foram forçadas pelos bandidos a embarcarem numa caminhonete S-10 roubada de um cliente. As imagens de televisão mostram, não muito claramente, cerca de cinco pessoas na caçamba da caminhonete. A polícia não soube informar o número exato de pessoas que foram feitas reféns.

A quadrilha se dividiu entre a caminhonete preta e uma outra e seguiu pela rodovia que leva a São José do Rio Claro, às margens do rio Arinos. A polícia relata que os bandidos liberaram os reféns sem ferimentos, na rodovia, abandonaram os veículos e partiram para o meio do mato. Neste momento, os policiais que já estavam no encalço trocaram poucos tiros com um dos bandidos, que avançaram ainda mais na mata fechada.

No caminho, a polícia encontrou um fuzil .30 com 80 munições, uma mochila com cerca de R$ 4 mil e mantimentos que serviriam para a quadrilha se esconder na mata após a fuga, segundo o tenente-coronel da Polícia Militar Adriano Denardi. Até o fechamento desta edição, cerca de 30 policiais, tanto civis quanto militares, tentavam fechar o cerco – a pé – contra os bandidos embrenhados na mata. Um helicóptero da PM ajudava nas buscas, assim como algumas barreiras policiais na rodovia. O cerco continua hoje. O Banco do Brasil não revelou a quantia de dinheiro roubada da agência.





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