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Terça - 13 de Agosto de 2013 às 07:21
Por: KAMILA ARRUDA

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KAMILA ARRUDA/DC
Vereadores colaram em suas portas avisos de que haveria apenas expediente interno nesta segunda
Vereadores colaram em suas portas avisos de que haveria apenas expediente interno nesta segunda
Como prometido, os vereadores por Cuiabá fecharam seus gabinetes para atendimento ao público. A medida é uma forma de protesto contra a decisão da desembargadora Maria Erotides Kneip que obrigou a mesa diretora a reduzir a verba indenizatória de R$ 25 mil para R$ 7 mil. 


 
Por enquanto, apenas dois vereadores aderiram a "greve": Júlio Pinheiro (PTB) e Domingos Sávio (PMDB). Os eleitores que saíram de suas casas nesta segunda-feira (12) na esperança de encontrar os parlamentares deram com a cara na porta. 


 
Ambos os gabinetes estavam trancados com uma placa informando que havia apenas expediente interno. No decorrer da semana, outros vereadores devem aderir ao "protesto". 


 
Na sessão da última quinta-feira (8) diversos parlamentares usaram a tribuna para defender o benefício que recebem mensalmente. Eles alegam que a verba era utilizada para manter a estrutura funcionando, tanto dentro quanto fora da Câmara Municipal. 


 
O primeiro a anunciar o fechamento de seu gabinete foi Pinheiro. Para o petebista, a magistrada foi induzida ao erro e está prejudicando o trabalho do Legislativo Municipal. Ele pontuou ainda que a sentença obstruiu aos parlamentares um benefício que a própria magistrada recebe. 


 
“Vou fechar meu gabinete por incapacidade de trabalhar. Virei às sessões, mas o trabalho de meu gabinete está paralisado. Ela (Maria Erotides) tem o mesmo benefício que nós. Se ela provar que a minha verba indenizatória é salário, pode mandar me prender porque sou sonegador de impostos”, ironizou na ocasião. 


 
O vereador Chico 2000 (PR) ainda não fechou o gabinete, mas também saiu em defesa do benefício e condenou a desembargadora por dar provimento à ação do Ministério Público que questionou o benefício. 


 
Segundo o republicado, os deputados estaduais possuem salário de R$ 25 mil, verba indenizatória de R$ 35 mil e verba de gabinete que chega a R$ 60 mil. 


 
Além disso, cada um teria direito a um veículo oficial bancado pela Assembleia Legislativa, incluindo gastos com combustível. Isso sem contar o auxílio viagem, materiais, entre outros. 


 
"Se somarmos todos os benefícios que os deputados estaduais possuem, passam de R$ 150 mil e nós aqui sendo massacrados. Não vamos ter condições de ir para as ruas fiscalizar e ver a demanda da população graças à desembargadora. Ela devia vir aqui fazer nosso trabalho para ver como funciona", critica o republicano. 


 
Além de questionar o benefício dos vereadores, o Ministério Público já estuda entrar com uma ação para verificar a legalidade da verba indenizatória do prefeito Mauro Mendes (PSB). 


 
A medida deve atar os braços dos parlamentares, uma vez que a verba do socialista foi criada, justamente, para acabar com os questionamentos em torno do benefício que eles recebem mensalmente. 





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