A Polícia Civil de Minas vai ouvir uma testemunha que diz ter visto Eliza da Silva Samudio, 25, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes, do Flamengo, no sítio do jogador em Esmeraldas (região metropolitana de Belo Horizonte). Ela está desaparecida desde o início do mês e Bruno é considerado suspeito pelo sumiço.

O nome da testemunha não foi divulgado. Segundo a polícia, é a primeira vez que alguém afirma ter visto Eliza na propriedade do jogador. Até então, as testemunhas ouvidas negavam a presença dela no local. Foram ouvidos funcionários do sítio e a mulher do jogador, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, 23, entre outros.

Reprodução/Divulgação
Goleiro do Flamengo é investigado após sumiço de ex-namorada; ela afirmava ter tido filho dele
Goleiro do Flamengo é investigado após sumiço de ex-namorada; ela afirmava ter tido filho dele



O Instituto de Criminalística da Polícia Civil ainda verifica se são marcas de sangue as manchas avermelhadas encontradas no veículo Land Rover de Bruno. Também serão analisadas marcas encontradas no piso do sítio do jogador. A polícia pediu acesso às ligações telefônicas feitas por Eliza na época de seu desaparecimento.

Ontem, a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas aprovou requerimento solicitando que a Polícia Civil informe os parlamentares sobre as investigações do desaparecimento.

A defesa de Bruno diz que o atleta vai prestar todos os esclarecimentos à polícia e que ele "reza" para a ex-namorada aparecer. O pai de Eliza, Luís Carlos Samudio, 43, afirma que reza "para encontrar o que restou" de sua filha.

Inquérito

Michel Assef, advogado do goleiro, disse que iria à Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Jacarepaguá (zona oeste do Rio) nesta quarta para confirmar a situação do atleta no inquérito que investiga acusações de Eliza.

Ontem, inspetores da delegacia confirmaram que o goleiro foi indiciado em outubro por tentativa de aborto, ameaça, cárcere privado e lesão corporal após denúncia da ex-namorada. Porém, o promotor Alexandre Murilo Graça, da 1ª Central de Inquéritos, afirmou que não havia recebido a investigação.