Madeireiros montaram cinco acampamentos dentro de reserva dos Manoki em Brasnorte
Ibama e Funai combatem extração ilegal de madeira em MT; 13 são presos

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/MT), deflagrou em conjunto com a Fundação Nacional do Índio (Funai/MT), na última quarta-feira (23), a ação na Terra indígena (TI) Manoki dentro de ações da Operação Guardiões do Arinos que já ataca polígonos de desmatamento na região a cerca de 30 dias. A TI Manoki, da Etnia Irantxe, está localizada no município de Brasnorte ( 579 km a noroeste da Capital).

A operação faz parte do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM 2010), que combate a extração ilegal de madeira na TI e essa teve inicialmente duas frentes de trabalho, uma ao norte e outra ao sul da Terra Manoki.

No primeiro dia de atividades, na região sul da área, foram autuadas em flagrante 13 pessoas envolvidas no esquema de extração, transporte e comércio ilegal de madeira da Terra Indígena Manoki. Três dos envolvidos portavam armas de fogo, sendo apreendidas uma espingarda calibre 32, uma espingarda calibre 36 e um revólver calibre 38.

Até o momento foram encontrados cinco acampamentos, seis caminhões, cinco tratores, quatro motocicletas e um pick-up F 1000, além de quatro motosserras, que estão sendo conduzidos para o Pátio de bens apreendidos do Ibama/Ministério Público Estadual em Juína, a 350 km do local da ação.

Ainda na madrugada de quinta-feira (24), os 13 suspeitos foram conduzidos à delegacia de Polícia Civil de Brasnorte, onde foram detidos e encontram-se presos até o momento, sendo enquadrados no art. 50-A da lei 9605/98, a Lei dos Crimes Ambientais.

A pena prevista é de 2 a 4 anos de reclusão, as armas apreendidas foram entregues à polícia civil de Brasnorte e os portadores das mesmas foram enquadrados por porte ilegal de arma de fogo.

Vale ressaltar que todos os acusados são do município de Nova Maringá e dos presos com armas, um já tem passagem por lesão corporal em São José do Rio Claro e outro tem um mandado de prisão contra ele, por homicídio.