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Cidades/Geral
Segunda - 28 de Junho de 2010 às 15:03

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A vice-presidente e o secretário de Políticas Educacionais do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Jocilene Barboza e Henrique Lopes, respectivamente, participaram da Oficina de Avaliação do “Programa Educação para todos (EPT) – HIV/SIDA”. O evento ocorreu entre os dias 22 e 24 de junho, em São Paulo (SP).

O trabalho é desenvolvido no Brasil pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e os sindicatos afiliados engajados na luta contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/AIDS). A avaliação foi feita pela Internacional da Educação (IE), que contemplará, ao todo, o programa em sete países espalhados pela América Latina, África e Ásia. O Brasil foi o segundo a ser visitado.

Representantes de cada uma das regiões foram chamados para mostrar como vêm desenvolvendo ações junto a sindicatos, professores e alunos. A região Centro-Oeste foi representada no evento pelo Estado de Mato Grosso. “Apesar de termos cerca de 20 entidades filiadas à CNTE trabalhando a formação nesse sentido, é preciso ampliar a sensibilização sobre o tema de forma a atingir todos os dirigentes sindicais, para que ele esse torne, de fato, uma agenda do Sindicato, e não de algumas secretarias ou departamentos”, apontou Jocilene Barboza.

A avaliação da IE contou com uma mediadora que provocou os representantes sindicais a apontarem os acertos no trabalho desenvolvido, além das demandas. Ao final, baseados no levantamento obtido, os coordenadores formularam recomendações às entidades envolvidas, sindicatos e à sociedade civil. “A ideia é saber como o programa está sendo desenvolvido não só no âmbito sindical, mas também do ponto de vista familiar”, destacou Henrique Lopes.

Sociedade civil - Isso foi possível com a participação de pais e alunos, chamados para o evento a fim de compartilharem as experiências com o projeto e exporem suas impressões sobre o que tem sido feito. Para Ronam Mendes da Silva, pai de aluno, de Confresa, a participação da família é importante para fortalecer o combate às DST/AIDS. “Quanto mais gente da família participar, mais cresce o trabalho. Estou me sentindo mais útil. Trocando ideias, acompanhando esse trabalho, ficamos mais atentos”, considerou.

Já o estudante Josiel José Ribeiro, de 32 anos, também de Confresa, enalteceu a iniciativa, acrescentando que o papel da escola é fundamental. “A conscientização sobre esse assunto é muito importante para a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, além de outros assuntos tabus, como a gravidez na adolescência”. Aluno do 2° ano do Ensino Médio, ele disse que aprendeu muitas coisas sobre esse e outros assuntos na Escola Estadual 29 de Maio. “Graças a Deus, esse tema está presente em diversas disciplinas, com aulas expositivas, apresentação de vídeos, etc.”.

Dentre as recomendações, está a de que a IE deverá cobrar da Organização Mundial de Saúde (OMS) maior empenho para a quebra de patentes dos medicamentos antirretrovirais. “O Brasil tem feito esse enfrentamento, conseguindo licenças compulsórias para alguns desses medicamentos, mas é preciso intensificar as ações”, salientou a vice-presidente do Sintep/MT. Para a CNTE, os participantes recomendaram a inclusão das temáticas do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) no programa de formação sindical da entidade, com o intuito de atingir o maior número de trabalhadores da educação possível.

Incentivo ao programa - A continuidade de iniciativas dentro das escolas que contemplem a prevenção às DSTs e outros temas ligados à sexualidade também preocupa os sindicalistas. Isso porque o Programa EPT-AIDS é financiado pelo governo da Holanda desde 2007, previsto para terminar este ano. Em função do impacto positivo na América Latina, a IE busca manter a iniciativa em 2010. Em Mato Grosso, já estão previstos eventos com o objetivo de disseminar a prática e, assim, incentivar multiplicadores.

De 05 a 09 de julho, as Secretarias de Estado de Educação e de Saúde, Seduc e SES, promoverão um seminário com a presença de formadores dos 15 polos do Centro de Formação de Professores (Cefapros) e dos escritórios de saúde no Estado. Já em setembro, nos dias 24 e 25, o Sintep/MT realizará o III Seminário de EPT/AIDS. Os Ministérios da Educação e da Saúde também estarão em Mato Grosso, em novembro, para realização de um seminário com o objetivo de programar as ações do dia 1° de dezembro, quando é celebrado o Dia Mundial de Combate à AIDS.

Um dos reflexos da atuação da IE é posicionamento contrário da Organização Internacional do Trabalho (OIT) a qualquer manifestação de discriminação no ambiente de trabalho com relação aos profissionais portadores do vírus HIV. “Essa postura reforça a necessidade de os sindicatos aderirem à temática como um todo, pois significa também a garantia de direitos dos trabalhadores”, frisou a vice-presidente do Sintep/MT.






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