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Meio Ambiente
Quinta - 24 de Junho de 2010 às 08:02
Por: Joanice de Deus

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Mato Grosso registra um aumento de 112% no número de focos de calor este ano. De janeiro a 20 de junho, o Estado somou 8.182 pontos de queima contra 3.845 ocorridos no mesmo período do ano passado. Diante da tendência de crescimento, no próximo dia 29, o Comitê Estadual de Gestão do Fogo se reúne para discutir a indicação de antecipação do período de proibitivo de queimadas.

“Entregamos a proposta à Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e o Comitê irá deliberar sobre a antecipação”, comentou o superintendente da Defesa Civil, major Agnaldo Pereira. A sugestão é que a proibição seja antecipada do dia 15 para o dia primeiro de julho. Normalmente, a restrição prossegue até 15 de setembro.

Conforme Pereira, uma das grandes preocupações são as áreas indígenas, pois os índios culturalmente utilizam o fogo para caça. “Só em terra indígena o percentual de aumento é de 414%”, destacou. São 998 focos de calor neste ano, contra 194 ocorrências, em 2009.

“Essa é uma situação complicada. Estamos tentando mudar essa cultura, mas temos restrições até para entrar nas aldeias e temos que contar com a parceria da Funai”, acrescentou.

No Estado, primeiro no ranking nacional, entre os municípios que mais queimam estão Tangará da Serra (783 focos), seguido de Santa Carmem (741) e Querência (522).

Nestas localidades, o Estado iniciou, no último dia 15, uma operação de fiscalização para combater o uso criminoso do fogo. Em caso de flagrante, o responsável pode ser preso, além de multado. O valor é aplicado de acordo com a área destruída. Ao todo, a operação atinge 26 cidades mato-grossenses consideradas críticas.

Além disso, a Defesa Civil do Estado elaborou um plano de ações de prevenção e combate às queimadas que considera fatores como altas temperaturas, ressecamento da cobertura vegetal e fortes ventos.

As ações prevêem cursos de formação de brigadistas, a instalação de seis bases descentralizadas do Núcleo de Prevenção e Combate ao Incêndio Florestal e bases de apoio operacional, combate aéreo ao fogo e ampliação das brigadas ambientais indígenas.

Uma das novidades para este ano é a utilização de agentes bloqueadores de chamas, que além de ser biodegradável, ficam até 28 dias (se não chover) impedindo a propagação do fogo. Além da Defesa Civil, a operação conta com fiscais da Sema, homens do Corpo de Bombeiros e policiais do Batalhão Ambiental.





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