Depois de muitas resistências e queixas contra a imposição do PT nacional, o PT e o PMDB mineiros parecem ter afinado o discurso, os gestos e vão encerrar suas convenções partidárias, que serão separadas, em um ato político unificado com a presença de Dilma Rousseff (PT).

A convenção do PMDB seria no sábado. A do PT, no domingo. Agora, as duas acontecerão na próxima quarta, dia 30, em Belo Horizonte, separadas apenas por uma rua.

Às 17h, os petistas atravessarão a rua e se encontrarão na praça da Assembleia Legislativa para o ato político com os peemedebistas e a candidata a presidente pela aliança PT-PMDB. São esperadas cerca de 4.000 pessoas nesse ato, segundo o PT-MG.

Nesse dia deverá ser oficializada a chapa para o governo de Minas encabeçada pelo senador Hélio Costa (PMDB) tendo o ex-ministro Patrus Ananias (PT) na vice. O ex-prefeito Fernando Pimentel será candidato ao Senado, depois de ser alijado da postulação ao governo pelo PT nacional, há 17 dias.

Em Brasília, Dilma avalizou as exigências que Patrus vinha fazendo, apurou a Folha. Ele invocava a garantia de que a campanha de Costa se dará em sintonia com a campanha presidencial, especialmente na questão programática, e que haverá um grupo de trabalho compartilhado entre PMDB e PT para cuidar dos programas sociais.

Essas foram as duas "condições políticas" mais importantes para Patrus que seus interlocutores consideram que estão sendo contempladas. Resta apenas Patrus anunciar que será o vice.

Após sair do encontro com Dilma dizendo que estava "tudo certo", ele viajou para Bocaiuva, sua cidade natal (a 390 km de BH). É o último trecho da sua caminhada de conversas políticas e pessoais, já que havia dito à sua família que não concorreria a nenhum cargo eletivo. Patrus retorna a BH na sexta.

Pelo Twitter, Hélio Costa disse que a reunião de Dilma com ele, o presidente do PT nacional, José Eduardo Dutra, e Patrus "foi importante para o futuro de Minas".