O rendimento do trabalho corresponde a maior fatia (61,1%) da renda média mensal familiar no Brasil --de R$ 2.763,47, somada a variação patrimonial (ganhos com investimentos financeiros e imóveis). Os dados fazem parte da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) 2008-2009, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A segunda maior participação vinha das transferências (18,5%), originárias principalmente do governo. Nessa parcela, o destaque ficava com aposentadorias e pensões governamentais --80% das transferências, sendo 55% provenientes do INSS. Já os programas sociais federais representaram 3%.

Há um peso grande também dos rendimentos não monetários, obtidos com trocas, doações e produção própria de alimentos e outros itens pelas famílias. Esse tipo de renda pesava 12,8% no total. Para famílias com rendimento de até dois salários mínimos, superava um quarto da renda total: 25,8%.

Nas áreas rurais, a participação das de transferências (20,5%) se assemelhava a dos rendimentos não monetários (18,7%). Nas famílias mais ricas (mais de 25 salários mínimos), o destaque era as renda com origem nos ganhos de capital --9,9% do total.