Encerrada no último domingo, na Basileia, Suíça, a 41ª edição da feira Art Basel terminou batendo um recorde de público, mas longe da euforia dos tempos pré-crise econômica mundial.
Com 10 mil obras de 2.500 artistas representados por 300 galerias, o maior evento do gênero do mundo levou 62,5 mil visitantes à cidade no interior da Suíça que uma vez por ano vira o ponto nevrálgico do mundo das artes.
Quatro galerias brasileiras participaram da feira --as paulistanas Fortes Vilaça, Millan e Luisa Strina e A Gentil Carioca, do Rio.
Patrick Straub/AP/Keystone | ||
Instalação do artista Ugo Rondinone, que estava em exposição na feira Art Basel |
"De um ano ou dois anos para cá, as vendas diminuíram, mas mesmo assim foi bem, tudo em paz", disse o galerista André Millan à Folha.
Em comparação com a ebulição do mercado doméstico que marcou a SP Arte, com fortes vendas de nomes emergentes, vendas na Art Basel foram mais conservadoras. "A grande diferença é que tiveram mais saída os artistas estabelecidos e consagrados."
Entre eles, Artur Barrio, artista que despontou nos anos 60, despertou o interesse do Reina Sofía, de Madri, que agora negocia a compra de uma de suas obras.
No estande da galeria Luisa Strina, houve procura por obras dos dois artistas expostos, Alexandre da Cunha e Daniel Sinsel, mas poucas vendas de outros nomes representados pela casa. A exceção foi Mira Schendel, outra artista consagrada, que este ano teve uma grande retrospectiva no Reina Sofía, agora em cartaz na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre.
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