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Agronegócios
Domingo - 20 de Junho de 2010 às 11:05
Por: Marcondes Maciel

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A renda agrícola - diferença entre o preço de venda de um produto e o seu custo de produção – está em descompasso desde o começo da década. De acordo com estudos da Assessoria de Pesquisas Econômicas Aplicadas da Secretaria Adjunta de Receita Pública da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), a renda agrícola mato-grossense não cresce no mesmo ritmo da produção. Enquanto a produção agrícola cresceu 70% no período de 2001 a 2007, por exemplo, a renda avançou apenas 11%.

O levantamento mostra ainda que a produção agrícola deverá saltar 190% de 1998 a 2010, passando de 9,80 milhões de toneladas de grãos para 28,50 milhões de toneladas no período, com renda agrícola estimada de R$ 18,31 milhões para este ano. Em relação a 2001, quando a renda agrícola foi de R$ 12,76 milhões, o incremento este ano será de 43,49%. Já em relação à produção (13,82 milhões de toneladas em 2001), prevê-se um crescimento de 106,22%.

Os números mostram que a produção está avançando em um ritmo bem mais veloz do que a renda do produtor. Em 2006, conforme levantamento da Sefaz, a produção mato-grossense foi de 22,58 milhões de toneladas e a renda estava em R$ 11,59 milhões, menor, portanto, do que a renda de 2001 (R$ 12,76 milhões).

“No meio da década – 2005/2006 - tivemos o pior momento para a renda agrícola em Mato Grosso”, lembra o secretário adjunto de Receita Pública, Marcel de Cursi. Ele acrescenta que no período de 2003 a 2008 a renda chegou a apresentar taxas negativas de crescimento. “Isso quer dizer que a renda da agricultura - que contribui com 35% de forma direta e 70% de forma indireta na formação do PIB - andou mal neste período em função da crise no período de 2004 a 2007, motivada por problemas ambientais, fitossanitários, altos custos de produção, baixos preços das commodities e elevado nível de endividamento rural”. Em 2007, produção alcançou 23,49 milhões de toneladas e a renda agrícola não passou de R$ 14,46 milhões.

Para Marcel de Cursi, a crise só não foi pior para os agricultores porque Mato Grosso ampliou a sua inserção no mercado internacional, aumentando as exportações e agregando valores aos produtos primários.






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