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Economia
Quinta - 17 de Junho de 2010 às 08:57
Por: Vívian Lessa

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Cerca de 48 mil aposentados e pensionistas de Mato Grosso, que ganham acima de um salário mínimo, serão contemplados com o reajuste de 7,7% no valor do benefício, concedido pelo governo federal. O volume corresponde a 16,5% do total de pessoas que recebem algum tipo de auxílio do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), que soma 289,727 mil contribuintes no Estado. Somente neste mês, ainda sem o reajuste, foram pagos R$ 149,6 milhões aos aposentados e pensionistas mato-grossenses. Os números foram repassadas pela assessoria de imprensa regional do INSS.

O órgão não soube precisar qual será o impacto econômico provocado pelo aumento do benefício. Apesar disso, o setor comercial de Mato Grosso estima alta no consumo varejista. De acordo com o presidente da Associação dos Supermercados de Mato Grosso (Asmat), Kássio Catena, todo aumento relativo à questão salarial provoca reações positivas no setor comercial, principalmente para o segmento alimentício. Ele ressalta que o aquecimento do mercado já é premeditado.

O mesmo deve ocorrer em outros setores. É o que aposta o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), José Alberto Aguiar. De acordo com ele, o ganho a mais para o consumidor reflete na movimentação do varejo. Aguiar ressalta que os reajustes deveriam contemplar de forma igualitária os servidores públicos e demais trabalhadores com carteira assinada.

A estimativa do Ministério da Previdência é que o pagamento retroativo custe cerca de metade do impacto previsto para o aumento, de R$ 1,6 bilhão, ou seja, R$ 800 milhões. Conforme o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o governo também terá de ajustar a proposta de Lei Orçamentária para 2011, que chegará ao Congresso em agosto, para a adequação ao reajuste. "Vai ter custo, vai doer em outros lugares", disse Bernardo em entrevista após solenidade para lançamento do Portal do Planejamento, nesta quarta-feira (16).

O reajuste foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira (15). Porém, mesmo com aumento, para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo, o ganho real (acima da inflação) é bem menor do que o verificado para os aposentados que recebem o piso previdenciário (R$ 510). De acordo com dados da Previdência Social, em 16 anos, entre 1995 e 2010, os beneficiários que se encaixam nessa condição tiveram ganho real de 121%. Com o reajuste, quem ganha acima do piso obteve aumento real de 27% no mesmo período.





Fonte: A Gazeta

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