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Quarta - 16 de Junho de 2010 às 11:48
Por: Patrícia Sanches

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O ex-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador aposentado Paulo Lessa, voltou a afirmar que a lista de pagamentos de créditos, que foi divulgada por Mariano Travassos, foi criminosamente manipulada. Lessa garante que vai apresentar a documentação verdadeira sobre os reais valores efetivamente pagos numa ação popular movida contra ele e outros, pelo advogado Marcos Souza Barros. “Em breve a sociedade saberá, de forma concreta, quais os pagamentos realizados e, dessa forma, quem fala a verdade e quem a distorce”, afirmou Lessa.

As declarações dele são um contraponto à denúncia feita por Marcos, contra ele e o desembargador Orlando Perri. Na ação, o advogado, que é irmão do juiz Marcelo Souza de Marros, um dos 10 magistrados punidos com a aposentadoria compulsória pelo CNJ no início do ano, acusa Lessa e Perri de, enquanto presidente e corregedor-geral (2007/2009), terem efetuado pagamentos ilegais a magistrados e servidores do Judiciário. Ele pede, inclusive, que os bens dos dois sejam bloqueados. Alega que somente a esposa de Lessa, Déa Maria de Barros e Lessa, hoje aposentada, recebeu R$ 2 milhões. O filho do casal, Fabio Heleno Lessa, por sua vez, embolsou outros R$ 124,8 mil.

“Todos os mais de cinco mil servidores foram beneficiados na minha gestão, durante a implantação do SDCR. Além disso, um considerável e expressivo número de funcionários recebeu seus créditos", enfatiza o magistrado, que se diz absolutamente tranquilo e sereno.

A polêmica em torno do pagamento dos débitos se arrasta há anos e é uma das principais reivindicações dos mais de cinco mil servidores do Poder Judiciário que estão em greve. Segundo o presidente do TJ, José Silvério Gomes, para quitar os débitos são necessários pelo menos R$ 200 milhões. A "queda-de-braço" é grande e os servidores já solicitaram até a intervenção do CNJ no departamento financeiro e pessoal do Tribunal, que vive uma crise sem precedentes desde que Travassos e outros 9 juízes e desembargadores foram aposentados pelo CNJ sob acusação de desvio de recursos públicos e de nepotismo. Outros magistrados também são acusados de participar de um esquema de venda de sentenças investigado pelo Superior Tribunal de Justiça.





Fonte: RD News

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