Ação Civil poderá ser empecilho para troca de presidência na Câmara de Tangará

A tramitação do processo do “Escândalo da Saúde” poderá significar a manutenção, pelo menos por enquanto, do vereador Miguel Romanhuk (DEM) na presidência da Câmara Municipal de Tangará da Serra. Pelo menos é o que vem sendo especulado no Legislativo local desde a semana passada.

Segundo informações extra-oficiais, Miguel Romanhuk estaria propenso a não entregar a presidência da Câmara para o colega Celso Ferreira, do mesmo partido, pelo fato deste último figurar na ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público sobre o episódio conhecido como “Escândalo da Saúde”. O vereador Celso Ferreira é um dos requeridos na ação e corre o risco de ter seu mandato cassado. Assim, Romanhuk poderá permanecer no cargo até a decisão final sobre a ação, por parte do Judiciário, como forma de preservar a imagem do Legislativo no caso de uma possível cassação do pretenso sucessor.  

Outras informações dão conta de que haveria uma mobilização de parte dos vereadores e também de servidores do Legislativo contra a condução de Ferreira à presidência. Além disso, há também a pressão do partido dos Democratas para que Miguel Romanhuk não transfira a presidência, já que Ferreira entrou em rota de colisão com o diretório local da sigla. Os democratas de Tangará da Serra não escondem a contrariedade com Ferreira, que passou a integrar a bancada do prefeito Júlio César Ladeia (PR) e é citado pelo Ministério Público no “Escândalo da Saúde”. Celso Ferreira, segundo informações, corre risco de expulsão do DEM.  

ESCÂNDALO - Na ação por improbidade referente ao “Escândalo da Saúde” - proposta no último mês de maio - o MP aponta uma série de irregularidades com recursos do setor de saúde pública praticadas por agentes políticos, servidores públicos e representantes da oscip Idheas após formalização de termo de parceria, em outubro do ano passado. As irregularidades envolvem autorizações de repasses na ordem de R$ 4,2 milhões à oscip Idheas.