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Politica MT
Domingo - 13 de Junho de 2010 às 16:35
Por: Jardel Arruda

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Cauteloso, o presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargador Rui Ramos, deu a entender que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também deveria afastar os advogados envolvidos nas investigações de um suposto esquema de venda de sentenças no Poder Judiciário estadual.

“Não há como pensar no poder no Poder Judiciário sem a interinstitucionalidade. Então penso que todas as instituições devem tomar a profilaxia necessária aos seus membros”, respondeu Rui Ramos à imprensa ao ser questionado se a OAB deveria ou não afastar os juristas citados nas investigações. Em outras palavras, o magistrado afirmou que as instituições envolvidas no âmbito jurídico deveriam adotar as medidas necessárias para evitar a propagação de uma doença no setor.

No total, nove advogados foram detidos temporariamente no desencadeamento da Operação Asafe para prestar esclarecimento a Polícia Federal (PF) sobre o esquema de venda de sentenças. São Eles: Célia Cury, advogada e esposa do desembargador aposentado Tadeu Cury; Alessandro Jacarandá, advogado e sócio de Célia Cury; Alcenor Alves de Souza advogado e ex-prefeito de Alto Paraguai; Cláudio Emanuel Camargo, empresário e genro de Tadeu Cury; Jarbas Nascimento, advogado e ex-chefe de gabinete de Tadeu Cury no Tribunal de Justiça de Mato Grosso; Rodrigo Vieira; Santos de Souza Ribeiro; Ivone Reis de Siqueira, esposa do advogado Valmir Siqueira, e Max Weize Mendonça.

Segundo alguns setores da imprensa, a OAB ainda deverá suspender os registros profissionais dos advogados citados nas investigações. Célia Cury, apontada como uma líder do esquema, pode ser a primeira a ser punida com sansões da Ordem.

Além dos advogados, no inquérito sobre as vendas de sentenças, que corre no Superior Tribunal de Justiça sob a relatoria da ministra Nancy Angdrighi, seis magistrados são citados. São eles: o desembargador e presidente do TRE-MT Evandro Stábile; o desembargador aposentado compulsoriamente José Tadeu Cury; o desembargador José Luiz de Carvalho; o desembargador aposentado Donato Fortunato Ojeda, desembargador aposentado; o juiz eleitoral Eduardo Jacob e o juiz auxiliar do TJMT Ciro Miotto. Todos foram ouvidos pela ministra na quinta-feira (10).

Destes, Evandro Stábile e Eduardo Jacob pediram afastamento voluntario do TRE após serem fortemente pressionados pela sociedade civil organizada e por seus pares daquela Corte Eleitoral, os quais prezaram por transparência e moralidade no processo eleitoral de 2010. A própria OAB se pronunciou a favor do afastamento de ambos, alegando que seria impossível existir uma eleição limpa com dois membros do Tribunal Eleitoral sob investigações.






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