Percival Muniz diz que está preparado para enfrentar um embate jurídico contra o governador Silval Barbosa e o acusa de abuso de poder político por usar o Paiaguás para discutir sua reeleição
Percival acusa Silval de oferecer R$ 15 mi para PSB e de ter "laranjas"
O deputado Percival Muniz (PPS), presidente regional do PPS), afirmou nesta sexta (11), durante coletiva à imprensa, que o governador Silval Barbosa (PMDB) ofereceu R$ 15 milhões ao presidente do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, para que a sigla caminhasse com ele no projeto à reeleição. Deste total, R$ 10 milhões seriam destinados às campanhas dos candidatos à Assembleia Legislativa e os outros R$ 5 milhões aos que disputassem uma vaga na Câmara Federal.
Além disso, segundo Percival, o peemedebista teria prometido os cargos de secretário-adjunto nas pastas de Desenvolvimento Rural (Seder) e da Habitação na Sinfra. Conforme Percival, caso Silval fosse reeleito, o PSB poderia indicar nomes para ocupar as duas secretarias. Os escolhidos teriam voz no governo e poder de decisão no Estado.
O parlamentar afirmou ainda que está preparado para um embate jurídico com o governador e diz que não teme as declarações de Silval. A briga teve início quando Silval ameaçou processar Percival por calúnia e difamação após declarações de que o governador estaria usando a máquina para tentar cooptar partidos do Movimento Mato Grosso Muito Mais, encabeçado pelo empresário Mauro Mendes, pré-candidato do PSB ao governo e do qual Muniz é membro. As denúncias foram feitas em encontro realizado em um hotel da Capital pelo grupo político de Mendes.
Percival aproveitou a coletiva desta sexta para dizer que Silval mantém “laranjas” no Estado. Segundo o parlamentar, um exemplo claro disse é que o ex-chefe de Gabinete do governador, Silvio Corrêa, preso durante a Operação Jurupari, da Polícia Federal, teria mais de 10 emissoras de rádio em seu nome. “Toda a população sabe que essas rádios pertencem na verdade a Silval Barbosa. Isso é ocultação de patrimônio”, acusou.
O parlamentar ameaçou ainda processar o governador por abuso de poder político, já que o Paiaguás estaria sendo sede de encontros para discutir seu projeto de reeleição. “Existem denúncias claras sobre a influência de Silval para cooptar partidos por meio de cargos e estrutura, que para mim é dinheiro. Todos esses crimes podem provocar a inegibilidade”, enfatizou.
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