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Agronegócios
Sexta - 11 de Junho de 2010 às 08:01
Por: Marianna Peres

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Mesmo segurando a performance positiva das exportações estaduais, soja em grão e em farelo declinam mais uma vez
Mesmo segurando a performance positiva das exportações estaduais, soja em grão e em farelo declinam mais uma vez

As exportações mato-grossenses em 2010 acumulam receita de US$ 3,77 bilhões com os negócios realizados de janeiro a maio. As cifras comparadas ao realizado em igual período de 2009 são 5,7% superiores, já que há um ano o acumulado somava pouco mais de US$ 3,5 bilhões.

Numa comparação isolada do mês de maio de 2010 contra maio de 2009 a expansão fica menor, de apenas 2,17%. Ao contrário dos recordes que o Estado vinha batendo até o mês passado em relação ao volume de negócios mês a mês, maio de 2010 não superou maio de 2008, quando atingiu US$ 950,29 milhões em exportações, recorde para a série histórica do mês desde 2000. Os números referentes à balança comercial das 27 unidades da federação no período de janeiro a maio de 2010 foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

De acordo com dados do MDIC, Mato Grosso é o estado da região Centro-Oeste com o menor crescimento no período, já que o Mato Grosso do Sul, por exemplo, registra expansão de 55% nas vendas internacionais em relação ao valor registrado de janeiro a maio de 2009. Já as vendas do Distrito Federal aumentaram 30%, as de Goiás 21% e as de Mato Grosso, 5%. Como apontam os analistas da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), nenhum dos outros três estados que compõem a região apresenta performance como a apurada em Mato Grosso. O Estado sozinho representa 41% do total faturado pelo Centro-Oeste nestes cinco meses do ano que totalizam US$ 6,40 bilhões, alta de 15% sobre igual momento do ano passado. O Mato Grosso do Sul, que obteve a maior expansão anual, contabiliza receita de US$ 1 bilhão, Goiás soma US$ 1,57 bilhão e o Distrito Federal, US$ 55,53 milhões. “O volume mato-grossense é infinitamente inferior e nossos 5% representam muito quando analisado todo o conjunto”.

ANÁLISE - Como explica o presidente da Fiemt, Jandir Milan, “ampliar 5% das vendas quando se comercializa muito é um excelente percentual e Mato Grosso está em outro nível”. Citando como exemplo os estados do Mato Grosso do Sul e de Goiás, Milan lembra que as cifras apuradas pelos estados em cinco meses equivalem a cerca de 30 dias e 40 dias das vendas mato-grossenses, respectivamente. “Estamos no topo e as projeções que fazemos nos levam a acreditar – tendo como referência o atual cenário – em um volume de exportações acima de US$ 9 bilhões neste ano, contra cerca de US$ 8,5 bilhões em 2009”.

Questionado sobre a redução das vendas de grãos, Milan ratifica que esta mudança sobre a pauta é altamente positiva. “Quem dera pudéssemos esmagar aqui dentro do Estado toda a soja que produzimos, mais de 18 milhões de toneladas”.

Segundo o dirigente, se os embarques de grãos de soja e milho reduzem isso quer dizer que mais volumes estão sendo processados no Estado, transformados em ração para aves, suínos e bovinos. “Se reduz grão e aumentam as vendas de soja!”, exclama. Ainda sobre o desempenho da economia geral do Estado, Milan compara a um relógio suíço, “totalmente dentro do compasso”. “As notícias neste segmento são sempre positivas e deixam qualquer economista eufórico”, concluiu.

MUNICÍPIOS – O ranking dos municípios que mais exportaram de janeiro a maio deste ano no Estado é idêntico ao observado até abril. Rondonópolis lidera com receita de US$ 327, 11 milhões, seguido de Sapezal com US$ 264,43 milhões, Cuiabá (US$ 252,93 milhões), Nova Mutum (US$ 242,40 milhões) e Sorriso (US$ 218,65 milhões). Com exceção de Cuiabá, todos os municípios têm como carro-chefe da economia o agronegócio.






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