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Quinta - 10 de Junho de 2010 às 08:24

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O desembargador aposentado José Tadeu Cury saiu em defesa de sua esposa, Célia Cury. “Ela (Célia) é advogada. Nos casos que atendeu, não fez nada além do que os outros advogados fazem”, disse José Tadeu Cury, por telefone.

Ele frisou que não foi intimado a depor no STJ e que não teve seu nome envolvido nas denúncias de negociação de sentenças.

José Tadeu Cury confirmou que sua esposa – advogada há mais de 30 anos – frequentava gabinetes de juízes e de desembargadores. Contudo, argumentou que “é dever do magistrado receber advogados em seu gabinete”. “Como a Célia era contratada para advogar, ela procurava os relatores dos processos para expor sua defesa. É um procedimento natural”, defendeu o desembargador aposentado.

Sobre o relacionamento de Célia com membros do Judiciário, como o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Evandro Stábile, Cury justificou que possui amizade com vários magistrados, “companheiros de profissão”.

Um ofício encaminhado ao STJ pela PF no início das investigações relatava alguns fatos identificados “que causam estranheza”. Um deles seria o uso por parte de Célia Cury e também Ivone Reis de Siqueira de um veículo de propriedade do Tribunal de Justiça de Mato Grosso para fins particulares, conforme comprovado pela diligência efetuada pelos policiais, que incluem fotos daquelas utilizando o veículo, que “aparentemente estava à disposição do desembargador José Tadeu Cury”.

Além de Ivone e Célia, também foram presos na operação Asafe os advogados Rodrigo Vieira e Alessandro Jacarandá; o ex-prefeito de Alto Paraguai, Alcenor Alves de Souza; o empresário Cláudio Emanuel Camargo e o ex-chefe de gabinete de José Tadeu Cury, Jarbas Nascimento, além de Santos de Souza Ribeiro. Eles foram soltos cinco dias após a Operação.

Aposentado compulsoriamente sob acusação de participação em suposto desvio de recursos do Tribunal de Justiça para uma cooperativa de crédito ligada à Maçonaria, Cury recorreu ao STF para tentar anular a decisão do Conselho Nacional de Justiça. O mérito do recurso que tenta anular a aposentadoria compulsória ainda não foi apreciado.






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