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Polícia Brasil
Quinta - 10 de Junho de 2010 às 02:05
Por: Luciana Sarmento

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A morte de três mulheres que fizeram um exame de endoscopia em uma clínica particular de Joaçaba, em Santa Catarina, foi provocada por uso incorreto da lidocaína – substância usada para anestesiar o paciente. Essa foi a conclusão da investigação feita pela Vigilância Sanitária do Estado – que ouviu pacientes e acompanhantes das vítimas - e divulgada nesta quarta-feira (9).

De acordo com a diretora do órgão, Raquel Ribeiro Bittencourt, o médico gastroenterologista responsável pelo exame errou ao usar o medicamento em forma de gel, e não em spray, como determina a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

- A lidocaína gel foi usada de maneira fora da permitida. Ele dissolveu na água e mandou o paciente fazer um bochecho. Depois deu outro copinho e mandou o paciente engolir. Dependendo da quantidade, pode levar ao óbito.

A Vigilância Sanitária ouviu o médico, e afirma que ele confessou ter usado o medicamento em gel por ter acabado o spray. Segundo a diretora do órgão, pacientes que passaram pelo mesmo exame e foram medicados da maneira indicada pela Anvisa não apresentaram reação.

- O tempo que levou para [as vítimas] apresentarem os sintomas é compatível com o que a literatura diz sobre reações adversas.

Raquel afirma ainda que a clínica não tinha licença para realizar endoscopias. Entre as irregularidades apontadas pela Vigilância Sanitária, está a falta de uma sala de recuperação para onde os pacientes devem ser levados após o exame.

- Ele [médico responsável pela clínica] recebeu alvará apenas para consultório. Lá, só tinha um endoscópio, então ele não conseguia fazer o procedimento de desinfecção apropriado porque o intervalo entre um paciente e outro era muito curto. Além disso, não tinha uma enfermeira trabalhando com ele.

O médico afirmou ainda à Vigilância Sanitária que as pomadas vencidas que foram encontradas na clínica e apreendidas pela polícia não foram usadas nas pacientes.

Os laudos dos exames de necropsia das vítimas e a análises laboratoriais do medicamentos envolvidos no caso ainda não ficaram prontos.

 
 

 





Fonte: do R7

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