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Quarta - 09 de Junho de 2010 às 18:33
Por: Ramom Monteagudo

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Montagem
O desembargador aposentado Fortunato Ojeda, que teria negociado decisão; filho nega
O desembargador aposentado Fortunato Ojeda, que teria negociado decisão; filho nega

No depoimento à Polícia Federal em que admite participação em negociações para influenciar magistrados de Mato Grosso, a dona de casa e lobista Ivone Reis de Siqueira envolve o desembargador aposentado Donato Fortunato Ojeda em uma suposta transação. Ao delegado Carlos Eduardo Fistarol, em 18 de maio passado, ela afirmou que conhece Donato e seu filho, Fernando Jorge Santos Ojeda.

"O Fernando sempre se mostrou disposto a viabilizar junto comigo negociações em decisões a cargo de seu pai. Em várias ocasiões em que levei casos para o Fernando verificar com seu pai a possibilidade de negociar sentença, ele dizia que a irmã, que era assessora do seu pai, não aceitava devido aos baixos valores envolvidos", afirmou.

Em uma ocasião, porém, ela afirma que participou de uma negociação e obteve um parecer favorável do desembargador aposentado. "Em um processo da empresa de transporte coletivo Garça Branca, provavelmente em 2005, fui procurada por Itamar Dervalhe e apresentei uma proposta para o Fernando Ojeda, a fim de que fossem liberados ônibus que estavam apreendidos e cujo relator era o então desembargador Ojeda", afirmou.

Segundo Ivone Siqueira, a negociação foi consumada. "O Itamar me repassou R$ 50 mil que a empresa pagou pela decisão para ser dividido entre mim e Fernando Ojeda. Os valores foram repassados em espécie", afirmou.

No mesmo depoimento, a dona de casa admitiu ter participado de negociações para influenciar magistrados em suas decisões há quase dez anos. "Poderia dizer que sou o menor elo nessa cadeia que está sendo investigada. Muitas vezes "vendo" uma influência que não possuo sobre os magistrados", afirmou.

Outro lado

O advogado Fernando Ojeda negou que tenha recebido dinheiro de Ivone Siqueira. "É mentira. Eu a conheci apenas entre 2007 e 2008, quando ela levou um cliente ao meu escritório para eu tratar de um caso em Brasília", afirmou.

Ele acusou Ivone de estar agindo para se beneficiar. "Como ela está com delação premiada, ela fala até o que não sabe. Mas vou entrar com uma queixa-crime contra ela em breve", disse. O advogado da lobista, Murilo Castro de Melo, negou que sua cliente tenha aceitado o expediente da delação premiada.






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