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Politica MT
Domingo - 30 de Maio de 2010 às 08:30
Por: Marcia Matos

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Um julgamento realizado em 2009 pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) está novamente na pauta da Casa desta terça, 1º de junho, e tem causado grande confusão. Trata-se da denúncia feita pelo ex-secretário de Esportes de Várzea Grande, Edilson Baracat, contra a prefeitura. Ele requer o crédito referente à desapropriação do terreno que abriga o maior ginásio do município, o Fiotão, que alega ser de sua propriedade. Na decisão do pleno de 17 de dezembro de 2009, que está registrada em vídeo no site do TCE, consta que o parecer foi parcialmente favorável a Baracat.

O advogado do ex-secretário, Garcez Toledo Pizza, entrou nesta sexta (28) com pedido de impugnação do novo julgamento do processo. Ele solicitou em caráter de liminar que o presidente do TCE, conselheiro Valter Albano, determine a imediata suspensão do item da pauta.

O julgamento em questão é referente a supostas irregularidades no empenho e pagamento do valor referente ao saldo remanescente da desapropriação do terreno, regularizada por meio do decreto 36/2008, pelo município de Várzea Grande, em 25 de setembro de 2008. De acordo com o advogado, Baracat luta para receber R$ 1,5 milhão referentes à desapropriação, mas tem dificuldade porque a denúncia julgada não consta em acórdão do TCE.

Na sessão do dia 17 de dezembro de 2009, o procurador-geral de Contas, Gustavo Deschamps, fez um adendo em seu voto, mandando que fossem adicionadas às dívidas passivas no balanço anual da prefeitura. Na prática, isso quer dizer que o valor que deveria ter sido pago a Baracat teria que constar nas contas à pagar do Executivo, devido à de seu terreno. 

Pizza faz críticas ao conselheiro relator Humberto Bosaipo e denuncia que ele "sumiu" com o acórdão. “Apesar de todo o trâmite, no acórdão da decisão do relator ele não cita a denúncia, sendo que a mesma foi acolhida pelo Ministério Público de Contas. Portanto, o que entendemos, é que ele baniu o contexto julgado ao dar seu parecer, pois nele não consta o julgamento de Baracat, conforme foi aprovado em plenário”, argumenta o advogado.

De acordo com ele, a ação do TCE não tem amparo jurídico. “Esta denúncia foi julgada junto com as contas da Prefeitura de Várzea Grande, referentes a 2008. No site da Casa todos podem conferir o vídeo e o parecer dado. O que muito nos surpreende é porque entrou em pauta novamente. Qual seria o interesse do conselheiro Humberto Bosaipo nisso?” critica.

No conteúdo do documento encaminhado ao presidente do TCE, constam citações sobre o dever da Casa em manter a lisura e uma acusação que caracteriza a atitude do conselheiro Bosaipo como crime de falsidade ideológica. É evidente que a não inclusão no parecer prévio 143/2009, das deliberações soberanas do plenário desta Casa de Contas pelo nobre conselheiro relator Humberto Mello Bosaipo, que dolosamente deixou de fora os direitos do impugnante, contemplados pela decisão, afrontam a Corte e incidem no tipo cominado no art. 299 do Código Penal Brasileiro e outros mais. Não obstante a necessidade de se estabelecer uma relação honesta com os juridicionários, os integrantes desta Casa têm o dever de zelar pela instituição Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso impedindo que ideias falsas o deixe resvalar numa vala ordinária", diz trecho do pedido de impugnação encaminhado a Albano.

Ainda sobre a atitude de Bosaipo, o advogado diz que o conselheiro age como "defensor da prefeitura". “ O que me assusta é a condução do conselheiro, que aparenta ser defensor do município. Ele é advogado e conhece as leis. Este não foi um caso de despreparo. Atitudes como esta geram insegurança jurídica para quem tem sua conta julgada pelo TCE”, exalta.





Fonte: RD News

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