Candidato à reeleição, Silval quer agilidade para fazer análises dos projetos de manejos que são alvo de investigação
Silval manda fazer perícia em projetos de manejo

O governador Silval Barbosa (PMDB) determinou a contratação de uma equipe de técnicos peritos que terão a tarefa de checar minuciosamente os projetos de manejo a cargo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). A ação visa reparar o impacto negativo causado à imagem do Executivo estadual e consequentes prejuízos financeiros ao caixa público decorrentes da operação Jurupari, desencadeada pelo Polícia Federal, há uma semana, que aponta irregularidades em 68 Planos de Manejo Florestal Sustentável atestados pela Secretaria.

Candidato à reeleição, o peemedebista questiona as denúncias de irregularidades e de antemão avisa que “se comprovado que os projetos estão corretos, como se acredita, alguém vai pagar caro por isso”.

Ainda não há um prazo estipulado para a conclusão dos trabalhos dos peritos. Mas existe pressa no governo para o esclarecimento dos fatos. Silval pediu celeridade nos trabalhos que estão sob a coordenação do secretário estadual de Meio Ambiente, Alexander Maia.

Segundo o governador, a administração estadual não irá permitir que “se desmanche através de informações que podem não ser reais o trabalho desenvolvido ao longo de dois mandatos”, fazendo menção às ações desencadeadas pelo ex-governador Blairo Maggi (PR). Ele reiterou ainda que caso comprove a lisura dos procedimentos, como espera, o Estado tomará as ações cabíveis contra possíveis responsáveis pela onda de denúncias que assola a gestão de Mato Grosso.

Ele lembrou ainda que o governo do Estado vem desempenhando uma ação macro para o esclarecimento do quadro no setor do meio ambiente. Silval lembrou que uma comissão, que conta com a participação do governo e de entidades representantivas de classe, está imbuída de apresentar uma resposta para a sociedade. Nesse sentido, ele citou a OAB seccional de Mato Grosso e a Procuradoria Geral do Estado (PGE), além de órgãos do governo federal como a Funai e o Incra, como integrantes dos trabalhos que visam assegurar o mapeamento fiel das ações desenvolvidas no Estado em relação aos trabalhos ambientais.

O governador afirmou ainda que não está preocupado com o impacto desse cenário para as eleições de 2010. No entanto, os reflexos gerados para a imagem do chefe do Executivo estadual têm deixado a cúpula do PMDB em alerta. Apesar disso, ele preferiu não comentar possível ligação da operação com o contexto político.

Silval Barbosa reiterou também sua preocupação com as consequências do quadro para a sociedade mato-grossense. O alerta se refere à posição da população dentro de um quadro que coloca em dúvida as ações delineadas para o setor ambiental de Mato Grosso. Para o governador, nem sempre as denúncias refletem a verdade sobre os fatos.