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Copa 2014
Quarta - 26 de Maio de 2010 às 20:08
Por: Robson Bonin

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Globoesporte.com
Ricardo Teixeira, presidente da CBF, esteve na Câmara dos Deputados
Ricardo Teixeira, presidente da CBF, esteve na Câmara dos Deputados

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, negou nesta quarta-feira (26), durante audiência da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados, que estejam atrasadas as obras nos estádios que deverão abrigar a Copa de 2014 no Brasil. “Eu diria que não estamos atrasados, nem que estamos adiantados. Eu diria que estamos dentro do limite”, disse o presidente da CBF aos parlamentares.

A afirmação contrasta com o que o próprio presidente da CBF disse em 9 de abril, quando admitiu que a organização da Copa do Mundo de 2014 poderia enfrentar "sérios problemas", caso as obras não começassem até maio. "Se as obras não começarem até o início de maio, passaremos por sérios problemas", disse Teixeira.

Teixeira também comanda o comitê local, responsável por organizar o mundial no país, e foi convidado para falar, entre outros pontos, do andamento das obras e das regras estipuladas pela FIFA para realização da Copa. Ele afirmou que a prioridade da organização é garantir o bom andamento das obras para viabilizar a Copa das Confederações, que vai ocorrer em 2013 e será um teste para a capacidade organização do Brasil. Segundo ele, a FIFA exige a conclusão de pelo menos cinco dos 12 estádios para a realização do evento preparatório. As cinco cidades que irão sediar a Copa das Confederações ainda não foram definidas. “O critério será o andamento das obras”, afirmou integrante do comitê organizador, Carlos De La Corte, que acompanhou Teixeira na reunião.

O presidente da CBF falou ainda sobre a escolha dos estádios que irão sediar a abertura e a final da competição. Questionado se São Paulo teria um novo estádio, além do Morumbi, só para abrigar a partida de abertura, ele negou a informação. “Não existe possibilidade de ter outro estádio em São Paulo”, garantiu. “Em São Paulo, o Morumbi está autorizado para fazer a semifinal, mas a escolha da abertura depende de outros fatores, portanto, ainda não está determinado quem vai abrir e quem vai fechar (o evento)”, complementou o presidente da CBF.

Disputam o direito de abrigar a partida inaugural da Copa de 2014 as cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. Além de apresentar as regras da FIFA para a realização do evento, Teixeira apresentou projeções sobre o mundial no Brasil. A CBF trabalha com a estimativa de que o evento irá movimentar cerca de três milhões de turistas nacionais. “A audiência televisiva de uma copa do mundo é maior do que qualquer outro evento. Em todo o mundo, tivemos 26 bilhões de espectadores para 214 países”, afirmou.

Sobre o calendário, Teixeira relatou que a FIFA irá fazer o lançamento da logomarca oficial dos jogos de 2014 no dia 8 de julho na África do Sul: “Será o primeiro grande evento de projeção da Copa de 2014 que a FIFA vai fazer. Depois terá, em 2013, a Copa das Confederações que irá ocorrer em cinco das 12 cidades-sede do mundial e será um teste para o país.”

Teixeira também procurou deixar claro que as cidades-sede terão que provar que a obra do estádio terá viabilidade econômica para ser realizada. O mundial vai ocorrer em 12 cidades já escolhidas pela CBF. “Depois de aprovado o estádio, eles tem 30 dias para comprovar a viabilidade econômica da construção. A não aprovação da viabilidade econômica pode inviabilizar a aprovação do estádio”, disse Teixeira.

Projetos
Na manhã desta quarta, o presidente Lula assinou projetos de lei que garantem benefícios fiscais para obras e projetos relacionados à Copa do Mundo de 2014. Uma das propostas prevê isenção de tributos federais para a Federação Internacional de Futebol (Fifa) e instituições parceiras no planejamento do campeonato. Obras de reforma e construção de estádios de futebol também serão isentas de tributos da União.

Segundo o ministro do Esporte, Orlando Silva, serão cerca R$ 900 milhões em isenções federais. Em retorno, o Brasil deve receber mais de R$ 10 bilhões com a realização da Copa no país, através de investimentos, consumo e turismo, segundo o ministro. De acordo com o Planalto, os benefícios fiscais concedidos pelo governo federal incidem sobre serviços e produtos industrializados, inclusive importação.

Também foi enviada pelo Executivo uma lei complementar que autoriza as prefeituras a não cobrarem o Imposto Sobre Serviços (ISS) da Fifa e de obras relacionadas aos campos de futebol onde os jogos serão realizados. Em discurso, durante a assinatura dos atos, Orlando Silva disse que os estados também poderão aplicar isenções do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em benefício da Copa do Mundo.

“Este é mais um passo no sentido de preparar o Brasil para a Copa de 2014. A partir de 11 de julho [quando termina a Copa do Mundo da África do Sul] o mundo vai se voltar para o Brasil e os preparativos para a Copa. As cidades agora têm o papel de acelerar o esforço e construção dos estádios”, disse Orlando Silva, que também cobrou rapidez do Congresso Nacional da aprovação dos projetos de lei.

Seleção e Lula
Ainda nesta quarta, a seleção brasileira foi ao Palácio da Alvorada, em Brasília, para encontrar o presidente Lula. O técnico da seleção, Dunga, e os jogadores escolhidos para participar da Copa do Mundo da África do Sul saíram de Curitiba (PR), onde treinavam no CT do Atlético Paranaense e chegaram ao Alvorada por volta de 15h. Lula recebeu a seleção acompanhado da primeira-dama, dona Marisa, e do ministro do Esporte.

Dezenas de pessoas, a maioria crianças, correram pela rua para tentar alcançar o ônibus da equipe canarinho. Apesar do esforço, não conseguiram enxergar os jogadores, já que o veículo tem vidros escuros e entrou direto na residência oficial de Lula, onde o acesso é restrito.

A Copa do Mundo da África começa no dia 11 de junho. O primeiro jogo do Brasil será contra a Coréia do Norte, no próximo dia 15. Antes disso, a seleção tem pela frente dois amistosos, um contra o Zimbábue e o outro contra a Tanzânia. Em 2006, jogadores da seleção também visitaram o presidente Lula antes de disputar a Copa.





Fonte: Do G1

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