Projeto de lei que proíbe venda das ‘pulseiras do sexo’ em Sorriso é vetado pelo prefeito

Depois de ser discutido por mais de um mês com a comunidade e ser aprovado por unanimidade em três votações, o projeto de lei que proíbe em Sorriso a venda das pulseiras coloridas, também chamadas de pulseiras do sexo, às crianças e adolescentes, foi vetado pelo prefeito Chicão Bedin.

De autoria dos vereadores Luis Fabio Marchioro (PDT), Hilton Polesello (PTB) e Profª Marisa (PSB), a propositura tem como objetivo prevenir abusos sexuais, já em que várias cidades do País pessoas inescrupulosas se aproveitam do significado das cores das pulseiras para agredir quem as usa.

Na opinião de Marchioro, a iniciativa do Poder Executivo em vetar o projeto não tem outro motivo a não ser político. “Dizer que é inconstitucional não justifica porque não é”, criticou o parlamentar, acrescentando que a Câmara também poderia agir nessa linha, no entanto, não o faz para não prejudicar a comunidade. “Se nós formos fazer política aqui quem sofrerá é a população. Se há algum tipo de prejuízo na relação entre a Câmara e a Prefeitura não é provocado por esta Casa, e sim por parte do Executivo”, desabafou.

Segundo ele, todos os projetos do Executivo, inclusive os vetos, são aprovados pelo plenário. “Estamos descontentes porque não há reciprocidade. Nós tentamos ser parceiros, inclusive, passando por cima de muitas situações que seriam passíveis de investigação, mas ainda assim, não há esse entendimento”, finalizou.