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Politica MT
Segunda - 24 de Maio de 2010 às 14:07
Por: Marcia Matos

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O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) declarou nesta segunda ( 24) que desistiu de vez de criar a CPI das Máquinas na Assembleia. Ele não conseguiu a oitava assinatura para criar a CPI das máquinas e pretende trabalhar aliado às comissões da Casa, no que diz respeito às investigações de superfaturamento do maquinário adquirido pelo Estado.

Maluf, que ficou a um passo de concretizar o projeto, chegou a acreditar que a pressão popular facilitaria a conquista de mais assinaturas, mas a blindagem feita pelos demais parlamentares ao Executivo não permitiu que ele desse continuidade à instalação da CPI.

Perguntado sobre a resistência dos demais parlamentares em aderir ao projeto, ele diz acreditar que o motivo real seja o envolvimento político. “A CPI das Máquinas poderia revelar informações que atingiriam membros do governo. Acredito que os deputados envolvidos com o Executivo trabalharam nos bastidores para evitar que depois fossem apontados como responsáveis por mais um desgaste provocado pelo escândalo das máquinas”, revelou Maluf. 

Há cerca de um mês o parlamentar tucano vinha tentando arrebanhar assinaturas para emplacar a CPI. Apesar de conseguir o apoio de sete deputados, nos bastidores a força da presidência da Casa foi maior. A sugestão do presidente da Assembleia, deputado José Riva (PP), de que a Comissão de Fiscalização e Acompanhamento Orçamentário da AL acompanhasse as investigações foi o suficiente para “barrar” a aprovação do requerimento de instalação da CPI das Máquinas. Da tribuna,  Riva chegou a declarar que nenhuma investigação seria mais ágil do que a que o Ministério Público está fazendo. "Por isso, eu acho que uma CPI teria pouco a acrescentar. Não que eu seja contra. Pelo contrário, a investigação já está em curso e essa Casa tem a obrigação de acompanhar”, destacou o progressista.

Além de Maluf, assinaram o requerimento Percival Muniz (PPS), Vilma Moreira (PSB), Chica Nunes (DEM), Dilceu Dal Bosco (DEM) e José Domingos Fraga (DEM) e Otaviano Pivetta (PDT).

Atualmente, a Comissão sugerida por Riva acompanha as investigações conduzidas pela Delegacia Fazendária para descobrir se de fato ocorreu o superfaturamento na compra do maquinário, onde o Estado investiu R$ 241 milhões provenientes de empréstimos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

A Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária é presidida pelo deputado José Domingos Fraga (DEM), tem como vice presidente Hermínio Jota Barreto (PR) e compõem como membros os deputados Maksuês Leite (PP), Otaviano Pivetta (PDT) e Adalto de Freitas Filho (PMDB). Fazem parte como suplentes os parlamentares Antônio Azambuja (PP), Vilma Moreira dos Santos (PSB), Nilson Santos (PMDB), Wagner Ramos (PR) e Dilceu Dal Bosco (DEM). 





Fonte: RD News

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