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Politica MT
Segunda - 24 de Maio de 2010 às 08:22
Por: Téo Meneses

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Operação Asafe, realizada pela PF, investiga denúncias de venda de sentença e envolve advogados e magistrados
Operação Asafe, realizada pela PF, investiga denúncias de venda de sentença e envolve advogados e magistrados

Os acusados de envolvimento com venda de sentença e exploração de prestígio no Judiciário de Mato Grosso, crimes investigados pela Polícia Federal através da operação Asafe, já estão soltos. Eles ganharam liberdade porque a ministra Nancy Adrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não revogou a prisão temporária que os mantinham presos.

Ao todo, sete acusados permaneciam presos e ganharam a liberdade no início da manhã de ontem, quando venceu as temporárias decretadas pelo STJ e cumpridas na terça-feira (18). Apenas um deles não era advogado e, por isso, não ficou com os demais presos em celas especiais do 3º Batalhão da Polícia Militar do bairro CPA IV.

Permaneciam presos até vencimento da temporária os advogados Alcenor Alves de Souza, Alessando Jacarandá, Célia Cury, Jarbas Nascimento, Rodrigo Vieira e Santos de Souza Ribeiro. Cinco deles ficaram em uma cela especial com ar-condicionado, enquanto Célia permanece sozinha em outra cela. Foram liberados na quarta e na quinta-feira a autônoma Ivone Siqueira e o advogado Max Weyze Mendonça, respectivamente. Cláudio Emanuel Camargo estava preso no Anexo 1 do presídio Pascoal Ramos, a Polinter.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MT), Cláudio Stábile, afirma que a transferência para a cela especial do 3º Batalhão não se trata de privilégio, já que a lei prevê celas especiais para advogados. Responsável pela defesa de Max Weyze Mendonça, o advogado Urano Reis afirma que a temporária foi decretada para garantir a tomada de depoimentos e evitar fugas. "No caso do meu cliente, posso dizer que isso não era necessário. Ele está disposto a esclarecer sempre que for chamado".

As investigações da Polícia Federal apontam que advogados teriam principalmente usado o nome de juízes do pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e do Tribunal de Justiça (TJ/MT) para obter vantagens pessoais. Isso levou a Polícia Federal a ouvir os ex-juízes-membros do Tribunal Eleitoral, Renato Viana e Maria Abadia de Souza Aguiar, além do atual juiz Eduardo Jacob. Os desembargadores do Tribunal de Justiça deverão ser ouvidos nos próximos dias em Cuiabá através de carta precatória.





Fonte: A Gazeta

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