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Domingo - 23 de Maio de 2010 às 16:25
Por: Simone Alves

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Sindicalista Carlos de Pádua  O presidente da Associação Mato-Grossense do Engenheiros Florestais (Amef), Carlos Pádua de Paula, saiu em defesa de sua categoria diante das prisões de vários profissionais acusados de envolvimento em crimes ambientais. Para ele, há uma depreciação da imagem do profissional criada, principalmente por conta das várias operações que atingiram a pasta de Meio Ambiente. “Muitas vezes, o servidor é citado porque aprovou um processo de alguém que falsificou documentos, mas o servidor não é perito para ficar identificando o que é verdadeiro ou não”, defendeu Pádua, em entrevista ao RDNews. Dos quase 80 presos na operação Jurupari, 40 são engenheiros florestais. A categoria se vê aflita.

  Na última sexta (21), durante entrevista coletiva do secretário de Meio Ambiente, coronel PM Alexander Maia, vários servidores, entre engenheiros e outros técnicos, fizeram questão de estar presentes. Alguns até se emocionaram. Pediram que a sociedade tenha o discernimento de separar quem, de fato, teria cometido crimes daqueles que trabalham honestamente. Eles reclamaram também de perseguição e do ambiente tenso. Maia reforçou o discurso, ao dizer que é preciso separar o “joio do trigo” e que não houvesse condenação dos servidores antes deles terem a chance de provar inocência. Foi aplaudido por dezenas deles.
 


Servidores da Sema, entre eles engenheiros, reclamam de perseguição e pedem para separar o "joio do trigo"
Fotos: Josinei Moreira

    Nos últimos cinco anos, a Sema foi alvo de investigação em sete operações deflagradas pela Polícia Federal: Curupira I, Curupira II, Mapinguari, Arco de Fogo, Termes e Caipora e, agora, Jurupari. Nessas investigações, diversos servidores, políticos, madeireiros e ocupantes de cargos comissionados acabaram presos.

    Eis, abaixo, a síntese das operações que atingiram a Sema

  Operação Curupira I- Foi desencadeada em 2005. Desarticulou uma das maiores organizações criminosas do país, envolvendo madeireiros, despachantes especializados na extração e transporte ilegal de madeira, envolvendo alguns servidores públicos do Ibama e da extinta Fema (hoje Sema). A quadrilha teria transportado um volume de madeira avaliado em R$ 890 milhões. 

   Curupira II - Em agosto de 2005, foi deflagrada para conter nova investida da quadrilha

   Mapinguari - Em 2007, com propósito de desarticular grupos organizados nas atividades ilegais de extração de madeira no Parque Indígena do Xingu.

   Arco de Fogo - Em 2008, foi combatida a extração e venda clandestina de madeira na Amazônia Legal.

   Termes - Em abril de 2008 e prendeu servidores da Sema e do Ibama.

    Caipora - Ainda em 2008, para desarticular quadrilha acusada de extração ilegal de madeira no Vale do Guaporé

    Jurupari - Prendeu nesta sexta (28) quase 100 pessoas, entre elas advogados, engenheiros, madeireiros e gestores sob acusação de ter cometido crimes ambientais.





Fonte: RD News

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